MEDICINA INTERNA DE LAMEGO EM RISCO DE FECHAR

  A problemática da saúde em Lamego e nomeadamente a rentabilização do Hospital de proximidade sempre mereceram por parte dos protagonistas políticos locais, independentemente da cor partidária, o empenho e o entendimento necessários a que o acesso aos cuidados de saúde por parte das populações fosse o melhor possível. Foi dentro deste espírito que, na […]

  • 20:34 | Domingo, 02 de Novembro de 2014
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A problemática da saúde em Lamego e nomeadamente a rentabilização do Hospital de proximidade sempre mereceram por parte dos protagonistas políticos locais, independentemente da cor partidária, o empenho e o entendimento necessários a que o acesso aos cuidados de saúde por parte das populações fosse o melhor possível.

Foi dentro deste espírito que, na reunião da Câmara Municipal, realizada no dia 15 de Setembro de 2014, transmiti ao Presidente da Câmara a minha preocupação face à possibilidade de o Governo decretar o fecho das urgências nocturnas de Lamego e o encerramento dos serviços de Medicina Interna.


No momento referi que, a acontecer este desfecho, estaríamos face a um rude golpe no campo da saúde para o Concelho de Lamego. Mais uma vez o poder central aplicava um ataque ao interior e particularmente a mais um serviço público do Distrito de Viseu. Alertei também para o conhecido défice de recursos humanos em vários serviços do Hospital, pois esta situação, a prolongar-se, podia levar ao estrangulamento dos serviços e ao seu encerramento.

Assim, solicitei ao Presidente da Câmara que procedesse às devidas diligências, no sentido de se inteirar da veracidade destas afirmações, para que não sejamos apanhados desprevenidos com tomadas de decisão que nos prejudicam a todos.

Em resposta, o senhor Presidente da Câmara Municipal referenciou que tem acompanhado em permanência a situação do hospital e que 90% dos problemas de que sofre o Hospital de Lamego decorrem da desadequação do modelo funcional que foi pensado e que já foi corrigido em alguns aspectos, nomeadamente no internamento de agudos e na qualificação da urgência.

O tempo foi passando e as notícias sobre o eventual encerramento da Medicina Interna voltaram a acumular-se. Face a este facto, voltei, em recente reunião do executivo, a alertar o Presidente para a continuidade dos rumores que apontavam para o encerramento daquele serviço, inclusive no seio do corpo clínico da instituição.

É que os vereadores do PS estão preocupados com esta situação e encontram-se disponíveis para colaborar para que tal desfecho não aconteça. Por isso, questionámos mais uma vez o Presidente da Câmara se possuía alguma informação sobre a delicadeza deste problema. Novamente a resposta foi no sentido de não levar a sério os rumores e de manter a confiança nas palavras dos responsáveis políticos da área da saúde. A ver vamos.

Da nossa parte gostaríamos de ver os Presidentes da Câmara e da Assembleia com o ímpeto e a luta que noutras ocasiões já colocaram na defesa do Hospital.

Ficando a questão: Não estará na hora de fazer Assembleias Municipais extraordinárias; de convidar os lideres dos grupos parlamentares da Assembleia da República; de tocar a rebate, colocando enormes tarjas nas janelas do Teatro anunciando uma sessão de esclarecimento; de colocar carros de som a percorrer as funcionais ruas da cidade?

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Publicado em Opinião