LEGO & MATTEL

      A Lego terá pela primeira vez na sua coleção um boneco em cadeira de rodas. A novidade foi apresentada na Spielwarenmesse, a Feira do Brinquedo de Nuremberga, na Alemanha. Uma noticia que terá feito sorrir a impulsionadora da campanha #ToyLikeMe (brinquedo como eu), a jornalista Rebecca Atkinson. Esta inovação poderá ter impacto […]

  • 13:03 | Quinta-feira, 11 de Fevereiro de 2016
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A Lego terá pela primeira vez na sua coleção um boneco em cadeira de rodas. A novidade foi apresentada na Spielwarenmesse, a Feira do Brinquedo de Nuremberga, na Alemanha. Uma noticia que terá feito sorrir a impulsionadora da campanha #ToyLikeMe (brinquedo como eu), a jornalista Rebecca Atkinson.

Esta inovação poderá ter impacto positivo nos 150 milhões de crianças com deficiência que existem no mundo, contribuindo para que, ao serem representadas nos produtos da marca, se sintam socialmente mais incluídas. Um bom exemplo!

A Mattel, criadora da célebre boneca Barbie, também andou bem, não se deixando ficar no passado… 57 anos depois da primeira boneca, arriscou a dar formas e cores que coincidam com as mulheres reais as quais, logicamente, não encaixam no perfil estilizado da boneca que fez os sonhos de milhões de crianças, durante décadas.

Numa era em que o culto da juventude e do corpo perfeito são o ópio de milhões de pessoas, as marcas de brinquedos dão um sinal positivo, uma pedrada no charco.

Educar para a diferença é fundamental. Associar a um brinquedo uma função pedagógica, uma mensagem positiva, o respeito pelo outro, é ajudar a construir uma sociedade mais inclusiva.

Não somos todos Barbies e Kens, não temos corpos perfeitos, envelhecemos, temos cores de pele diferentes, somos baixos, altos, magros, gordos, brancos, negros…

Alguns de nós nascem com limitações (físicas e / ou mentais), outros, fruto das vicissitudes da vida, adquirem-nas e têm que aprender a viver com elas.

Aproveito para chamar a atenção para outra excelente iniciativa. Em França foi criada uma lei que proíbe a contratação de modelos excessivamente magras que prevê coimas que poderão chegar aos 75.000,00€. A magreza extrema, evidenciada pelas modelos nas passarelas, além de representar um perigo para a saúde das próprias, ao serem olhadas por milhares de jovens como ideais de perfeição corporal, acabam por veicular-lhes uma mensagem perigosa que resulta em distúrbio físicos e mentais, por vezes, irreparáveis.

Estas iniciativas devem ser saudadas, apoiadas e divulgadas. É o que estou, na medida das minhas possibilidades, a tentar fazer com este texto.

 

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Publicado em Opinião