ÍNDICE GLOBAL DE ENVELHECIMENTO 2015

    As alterações demográficas que se fazem sentir em todo o mundo refletem-se no aumento da população, no envelhecimento global, nas migrações e no crescimento das cidades. Os países estão a transformar-se rapidamente devido ao rápido envelhecimento da população mundial. Um caso paradigmático, e que ilustra bem o envelhecimento que se faz sentir no […]

  • 19:35 | Quarta-feira, 09 de Dezembro de 2015
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As alterações demográficas que se fazem sentir em todo o mundo refletem-se no aumento da população, no envelhecimento global, nas migrações e no crescimento das cidades.


Os países estão a transformar-se rapidamente devido ao rápido envelhecimento da população mundial.

Um caso paradigmático, e que ilustra bem o envelhecimento que se faz sentir no mundo, é a China. A política do filho único gerou problemas demográficos e económicos, como consequências do declínio e envelhecimento da população. O Partido Comunista Chinês já decidiu alterar a legislação e permitir que as famílias possam ter dois filhos.

Numa sociedade em que os idosos representam uma percentagem cada vez maior da população, além dos de ordem financeira, a inexistência de quem cuide dos mais velhos é um problema atual para o qual está a ser difícil encontrar respostas ajustadas.

Os chineses têm vindo a desenvolver algumas estratégias que ajudem a colmatar  a falta de apoio aos idosos. Dou-vos dois exemplos registados na revista Courrier Internacional (N. 238, Dezembro 2015), no texto “A cidade dos cabelos brancos”: a “conta de trabalho voluntário” e a “comunidade inteligente”.

À conta de trabalho voluntário está associado um cartão que no qual é registado o tempo utilizado a ajudar os outros, beneficiando, na velhice, dos mesmos serviços.

No sistema de comunidade inteligente, prevê-se a instalação de uma plataforma de chamadas de emergência, à qual terá acesso direto qualquer idoso acionado um botão de SOS.

No Índice Global de Envelhecimento 2015, organizado pela HelpAge International, a China ocupa a 52.ª posição, Portugal a 38.ª,  a Suíça a 1.ª e o Afeganistão a 96.ª (última posição). O índice mede o bem estar social e económico das pessoas idosas em 96 países e representa 91% das pessoas idosas de todo o mundo, ou 9 em cada 10 pessoas que têm 60 ou mais anos, ou seja, 901 milhões de pessoas.

Os países africanos, subsarianos e asiáticos ocupam maioritariamente os lugares do final da tabela. Verifica-se também o aumento da desigualdade entre os países.

Um dado a reter, pelos decisores políticos europeus, é o facto de o bem-estar das  mulheres e homens idosos ter sido afetado pelas medidas de austeridade que têm sido adoptadas na Europa, correndo as mulheres o maior risco de pobreza na velhice.

Se queremos uma Europa unida e solidária devemos construir e partilhar projetos, valores e princípios em que as pessoas idosas disponham de  direitos individuais e sociais mais fortes e efetivos. Os objetivos centrais devem centrar-se no aumento do bem-estar, autonomia e a qualidade de vida, associada ao aumento, que se tem vindo a verificar, na esperança de vida dos europeus. Em Portugal, a esperança de vida situa-se nos 80,9 anos, um valor apreciável ao qual falta fazer corresponder o aumento da qualidade vida de cada portugês.

 

Rudong, na província de Jiangsu, esteve na vanguarda da política do filho único. Resultado: apresenta a média de idades mais elevada da China e tem de inventar novas maneiras de ajudar os idosos.”

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Publicado em Opinião