DESTRUIÇÃO CULTURAL E CIVILIZACIONAL

    “Os ataques do EI não têm só como alvo vidas humanas: os terroristas têm destruído bibliotecas, igrejas e teatros. Agora, foi a vez de um museu, onde dezenas de estátuas milenares foram reduzidas a pó.” (Observador, 26 / 02 / 2015)   “Estado Islâmico destrói dois santuários em Palmira.” (Público, 24 / 06 […]

  • 10:16 | Quarta-feira, 27 de Janeiro de 2016
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“Os ataques do EI não têm só como alvo vidas humanas: os terroristas têm destruído bibliotecas, igrejas e teatros. Agora, foi a vez de um museu, onde dezenas de estátuas milenares foram reduzidas a pó.” (Observador, 26 / 02 / 2015)


 

“Estado Islâmico destrói dois santuários em Palmira.” (Público, 24 / 06 / 2015)

 

O Estado Islâmico já dirigiu muitos ataques contra símbolos culturais de outras civilizações e religiões. Os ataques à herança cultural dos seus inimigos é uma prática comum. A barbárie não tem limites, não se contentam com a chacina de pessoas inocentes (homens, mulheres e crianças), reduzem também a pó a herança cultural de civilizações milenares. Provavelmente, lamentavelmente, estes atos criminosos repetir-se-ão, causando danos irreparáveis.

A cultural e civilização ocidental sofreram um duro golpe em Itália. Não foram destruídas estátua, foram temporariamente tapadas com caixas de madeira branca.

No Museu de Roma, foram tapadas obras de arte, estátuas nuas, para não importunar o líder iraniano, Hassan Rohani, de visita a Itália. Os governantes italianos não arriscaram um possível incidente diplomático, seguiram a máxima “mais vale prevenir do que remediar” e ignoraram outra, bem famosa, “Em Roma sê Romano”.

Nem uma palavra relativamente a direitos humanos ou à pena de morte…

As estátuas da era clássica, símbolos culturais e civilizacionais, quando destapadas terão sofrido pelo menos uma alteração. Tenho a certeza que os rostos das estátuas ruboresceram perante tal falta de coluna vertebral dos seus líderes políticos. Itália vergou-se aos milhões de euros que os contratos assinados representam, cerca de 17 mil milhões. Uma vez mais, se constata que o dinheiro leva a melhor, ao ponto de se poder “vender” a identidade de um país.

Acredito que a economia italiana aplauda os esforços encetados para garantir as miraculosas assinaturas dos contratos, mas a que preço?

Tudo regressará à normalidade quando as estátuas voltarem a ser destapas? Não creio.

Corremos o risco de estas voltarem a ser tapadas enquanto estes senhores dirigirem o país. Passo a explicar. Estes senhores não quererão correr o risco de contemplarem uma Vénus e, por comparação com alguns dos homens nus, representados nas estátuas, se aperceberem da amputação sofrida com a atitude tomada, ou seja, não vergaram apenas a coluna também ficou claro que são autênticos eunucos que vendem a alma, e mais o que for preciso, ao diabo.

LAMENTÁVEL!

 

 

 

 

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Publicado em Opinião