DEBATES

    Chovem críticas ao modelo dos debates, aos candidatos, ao número de candidatos, aos temas abordados, aos candidatos independentes, aos candidatos de facção, aos justiceiros, aos do sistema, aos académicos, aos telegénicos, aos mediáticos, aos novatos, aos experientes, aos monotemáticos, aos jornalistas, aos comentadores, aos anteriores presidentes, ao atual… Marques Mendes já considerou que […]

  • 13:48 | Terça-feira, 05 de Janeiro de 2016
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Chovem críticas ao modelo dos debates, aos candidatos, ao número de candidatos, aos temas abordados, aos candidatos independentes, aos candidatos de facção, aos justiceiros, aos do sistema, aos académicos, aos telegénicos, aos mediáticos, aos novatos, aos experientes, aos monotemáticos, aos jornalistas, aos comentadores, aos anteriores presidentes, ao atual…


Marques Mendes já considerou que os debates presidenciais são uma overdose de informação para os eleitores e que não vão mudar nada nas intenções de voto.

Não posso estar mais em desacordo. Os debates são úteis e permitem conhecer melhor os candidatos. Considero, inclusivamente, que são um bom instrumento ao serviço da democracia.

Quem estiver cansado de ouvir os protagonistas, candidatos a presidente, tem sempre a opção de mudar de canal e assistir aos habituais e ”interessantes” debates da “tribo da bola”. Recordo que há várias opções – na SIC Notícias, na TVI 24, na RTP3, na Bola TV, nos canais dos clubes, nas SPORT TV 1,2,3,4 (…) quase todos os dias…

A duração, em média, de cada um dos programas de debate do “mundo da bola”, ronda os 120 minutos. O tempo dedicado à discussão do fora de jogo, se houve ou não grande penalidade, bola na mão ou mão na bola, transferência de jogadores, é o mesmo gasto em quatro debates das presidenciais.

Poder optar é bom! Ter vários candidatos é bom! Debater é bom! Um sinal de vitalidade da democracia no nosso país. Mau seria não haver candidatos ou a ausência de debate.

O meu aplauso à Antena 1 e à Maria Flor Pedroso! Ficou provado que é possível um debate a 10, desde que bem moderado e se os intervenientes estiverem interessados em debater ideias e em esclarecer o eleitorado.

A editora de política, uma profissional experiente que admiro, esteve em grande nível e levou a bom porto uma missão hercúlea, talvez inimaginável na cabeça de alguns…

Porque gosto de futebol, volto ao tema. Diz-se que um árbitro faz uma grande arbitragem quando os jogadores de ambas as equipas em campo colaboram, são sérios, profissionais, querem ganhar, mas respeitam os adversários.

Foi o que aconteceu na rádio, os candidatos debateram os seus pontos de vista, houve alguns momentos mais quentes, mas fizeram o que é expectável, esgrimiram argumentos, foram sérios e respeitaram-se.

Fico por aqui, vai começar o debate Maria de Belém / Henrique Neto e seguem-se Marisa Matias / Marcelo Rebelo de Sousa e Sampaio da Nóvoa / Edgar Silva.

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Publicado em Opinião