Apoio à população excluída – Banco de medicamentos

As Obras Sociais do Pessoal da CM e SM de Viseu, em parceria com os Médicos do Mundo, no âmbito dos projetos Contrato Local de Desenvolvimento Social e Rede Local de Intervenção Social, criaram e dinamizam, em Viseu, o projeto Banco de Medicamentos.  Contexto  Na nossa intervenção no terreno, deparamo-nos muitas vezes com situações de […]

  • 8:56 | Terça-feira, 06 de Junho de 2017
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As Obras Sociais do Pessoal da CM e SM de Viseu, em parceria com os Médicos do Mundo, no âmbito dos projetos Contrato Local de Desenvolvimento Social e Rede Local de Intervenção Social, criaram e dinamizam, em Viseu, o projeto Banco de Medicamentos. 

Contexto 
Na nossa intervenção no terreno, deparamo-nos muitas vezes com situações de pobreza extrema, que condicionam o acesso a cuidados de saúde a várias pessoas.
Embora se saiba que a pobreza é uma das principais ameaças à dignidade humana, não é imediatamente perceptível o seu impacto no direito humano à saúde.
Actualmente, 22,8% dos portugueses não compra medicamentos que lhes são prescritos, uma vez que não têm condições económicas para suportar os custos relacionados com a saúde.
Segundo um inquérito realizado a 1 763 famílias portugueses, a Associação de Defesa do Consumidor revelou que, em 2014, metade dos inquiridos admitiu ter falhado tratamentos ou medicamentos aconselhados por um médico, devido à falta de recursos económicos.
Através deste estudo, foi ainda possível averiguar que um quinto destas famílias teve que aprender a gerir e a reduzir na compra de bens alimentares, de forma a poder ter dinheiro para aceder a cuidados de saúde, nomeadamente a medicamentos.
Esta é uma situação real, num país em que muitas pessoas são submetidas a escolher entre comprar os seus medicamentos ou assegurar a sua única refeição diária.
Muitas farmácias nacionais revelam que a escolha dos medicamentos mais prioritários tem sido uma constante, especialmente junto do público mais idoso, que tenta gerir o dinheiro da melhor forma, de modo a conseguir conciliar os custos relativos à saúde e à alimentação.
Esta situação é delicada, uma vez que se trata de pessoas de idade, cujas defesas do organismo estão em níveis baixos e ficam consideravelmente piores, pela privação dos medicamentos necessários.
A injustiça social e a desigualdade no acesso a cuidados de saúde são temas sensíveis, que a Médicos do Mundo tenta atenuar através da sua missão. Nos últimos anos, a organização tem distribuído medicamentos de forma gratuita, permitindo a continuação de tratamentos dos nossos beneficiários.

Objectivo Geral 
Aumentar a equidade e acesso ao apoio medicamentoso.


Objectivos Específicos
Contribuir para o aumento do número de pessoas que tem acesso a apoio medicamentoso gratuito;
População-Alvo
População vulnerável ou em situação de precaridade económica.

Recursos Humanos
Profissionais de Saúde em regime de voluntariado.

Financiadores
Fundos próprios.
Parceiros formais 
– Obras Sociais do Pessoal da CM e dos SM de Viseu
– CLDS 3G Viseu Igual
– RLIS/SAAS Viseu

Parceiros Informais 
– Farmácia do Centro Hospitalar do Porto;.
– Farmácia do Hospital de Magalhães Lemos;
– Instituições parceiras no âmbito do acompanhamento clínico e social.

Actividades
Atribuição de medicação e aconselhamento terapêutico

Resultados
Aumento do número de pessoas que cumprem adesão a regime terapêutico, mediante apoio medicamentoso prestado por MdM.

FONTE: Médicos do Mundo

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Publicado em Opinião