APESAR DA CRISE, AUMENTAM AS APOSTAS

    Já me tinha apercebido que há cada vez mais pessoas a comprar raspadinhas. Em muitos pontos da cidade (cafés, pastelarias, tabacarias…) podemos ver pessoas entusiasmadas a raspar na expectativa de ganharem alguns euros. Hoje mesmo, quando fui comprar os jornais, estava à minha frente uma senhora  septuagenária, muito simpática, a raspar energicamente. A […]

  • 18:20 | Domingo, 23 de Agosto de 2015
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Já me tinha apercebido que há cada vez mais pessoas a comprar raspadinhas. Em muitos pontos da cidade (cafés, pastelarias, tabacarias…) podemos ver pessoas entusiasmadas a raspar na expectativa de ganharem alguns euros. Hoje mesmo, quando fui comprar os jornais, estava à minha frente uma senhora  septuagenária, muito simpática, a raspar energicamente. A senhora ganhou dois euros! Não sei quanto teria investido…


Paradoxalmente, em tempos de crise aumentam as apostas nos jogos de fortuna ou azar. Em regra, são jogos de azar para milhões e de fortuna para muito poucos. O Público informa: “Entre Janeiro e Junho, os portugueses desembolsaram mais 139 milhões de euros em jogos de fortuna ou azar do que no ano passado”.

É natural que se procurem soluções para as dificuldades que todos os dias têm que ser enfrentadas.

Além do jogo, o apego à religiosidade e ao esoterismo também fazem o seu caminho ascendente quando aumentam as dificuldades na vida das pessoas. Não tenho dados para saber se as pessoas estão ou não mais conectadas à religião. Relativamente ao esoterismo e afins, basta um pequeno passeio pelas ruas da cidade, por exemplo pela Rua Direita, ler os classificados dos  jornais ou deixar o carro estacionado para verificarmos a quantidade de videntes, tarólogas, cartomantes, mestres que prometem mundos e fundos…

Quanto ao jogo, o escritor Mark Twain sentenciou: “Há duas ocasiões em que o homem não deve jogar: quando não tem dinheiro e quando tem”.

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Publicado em Opinião