A mês e meio das eleições no PSD

O golpe de misericórdia que os antagonistas a Rui Rio esperavam desferir seria dado no pós-eleições para as legislativas. Rui Rio não se intimidou. Não se demitiu e foi à luta. Na AR mostrou-se um líder aguerrido.

  • 14:07 | Quarta-feira, 20 de Novembro de 2019
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No dia 11 de Janeiro haverá eleições para presidente do PSD. Decorrerão no 38º Congresso, que se realizará em Viana do Castelo.

O lugar agora ocupado por Rui Rio já tem dois opositores, o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz.

Desde o início do seu mandato que Rui Rio, por força da sua personalidade e vincado carácter, tem granjeado mais oposição interna que externa, encontrando os inimigos no seio do seu partido e não no exterior.


O golpe de misericórdia que os antagonistas a Rui Rio esperavam desferir seria dado no pós-eleições para as legislativas. Rui Rio não se intimidou. Não se demitiu e foi à luta. Na AR mostrou-se um líder aguerrido.

“Rui Rio, economista, foi presidente da Câmara Municipal do Porto de 2002 a 2013 e é presidente do PSD desde Fevereiro de 2018

Rui Rio entrou na política através da JSD onde foi vice-presidente da Comissão Política Nacional, entre 1982 e 1984.

Aos 18 anos aderiu ao PSD. Nesta estrutura, entre 1996 e 1997 foi secretário-geral da respectiva Comissão Política Nacional, com Marcelo Rebelo de Sousa como presidente. De 2002 a 2005, foi vice-presidente, sendo líderes Durão Barroso e Santana Lopes Repetiria o cargo, entre 2008 e 2010 com Manuela Ferreira Leite.

Rio foi eleito deputado à AR, pelo Círculo do Port, nas legislaturas iniciadas em 1991, 1995 e 1999, abandonando nesta última o mandato de deputado após ser eleito Presidente da Câmara Municipal do Porto, nas eleições autárquicas de 2001. Foi ainda vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD e seu porta-voz para as questões económicas.

Depois de ter conquistado a maioria relativa nas autárquicas de 2001, Rio foi reeleito presidente da CM do Porto , com maioria absoluta em 2005, contra Francisco Assis e, em 2009, contra Elisa Ferreira. Terminou o seu terceiro e último mandato em 2013, sendo o autarca que, na história da cidade, durante mais tempo presidiu aos seus destinos.

Paralelamente, durante oito anos (2005-2013), presidiu também à Junta Metropolitana do Porto, o que, até hoje, constitui igualmente o período máximo de tempo no desempenho desse cargo.”

(Fonte Wikipédia)

Rui Rio é um líder com provas dadas, com um passado político que o honra. Incomodou muito barão, dentro do partido, que se viu posto em causa nas estratégias de oportunidade(s) passeadas nos laterais corredores do poder e dos lóbis instalados.

A derrota do PSD nas legislativas foi o machado de arremesso à nuca de Rui Rio. E porém, dos 18 presidentes que o antecederam, Francisco Sá Carneiro, Fernando Nogueira, Durão Barroso, Santana Lopes, Manuela Ferreira Leite e Passos Coelho também foram derrotados em eleições legislativas, respectivamente em 1976, 1995, 1999, 2005, 2009 e 2015. E isso não foi determinante nem impeditivo.

Passos Coelho viu o PSD ser o partido mais votado em 2015, mas por não ter alcançado a maioria absoluta, o governo formado caiu ao fim de 27 dias. Logo, este libelo acusatório de quem mais nada tem para apontar, cai por terra.

Em Viseu, Luís Montenegro conta com dois apoios significativos: o do líder da distrital e deputado à AR Pedro Alves e o de António Almeida Henriques, com quem Rui Rio nunca “engraçou”, vá-se lá saber porquê, que foi mandatário nacional de Santana Lopes em 2017, quando este, na sequência da derrota autárquica do PSD e da decisão de Passos Coelho em não se recandidatar à liderança, avançou como candidato contra Rui Rio às eleições directas do partido realizadas a 13 de Janeiro de 2018, sendo derrotado por 54,37% contra 45,63% dos votos.

António Almeida Henriques nem no distrito de Viseu ganhou, tendo somente obtido 50% dos votos de Rui Rio, o qual tinha como mandatário distrital, Carlos Silva Santiago, presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe e presidente da comunidade intermunicipal que integra os 19 municípios do Douro Sul. De seguida, Almeida Henriques, ainda se tentou “colar” a Rio, sem sucesso, aparecendo logo como indefectível apoiante de Montenegro, assim este apresentou a sua candidatura.

Rui Rio será o líder que o PSD necessita, sem telhados de vidro e com um credível rumo para este grande partido. O País e a Democracia precisam de Rui Rio e do PSD enquanto maior partido da oposição e futuro Governo de Portugal.

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