Os assanhados

      “Nam sejas ligeiro a t’assanhar, e irar: porque a ira no sêo do ignorante, e sandeu repousa e descansa.” O Livro de Ecclesiastes, capitolo VII, 10.     Mal António Costa apresentou o seu punhado de medidas, o “país” alaranjado atremoujou-se e acolitado pelos azulados, parece ter ficado com emergente urticária. No […]

  • 18:38 | Quarta-feira, 22 de Abril de 2015
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Nam sejas ligeiro a t’assanhar, e irar: porque a ira no sêo do ignorante, e sandeu repousa e descansa.”
O Livro de Ecclesiastes, capitolo VII, 10.
 
 
Mal António Costa apresentou o seu punhado de medidas, o “país” alaranjado atremoujou-se e acolitado pelos azulados, parece ter ficado com emergente urticária.
No meu magro discernimento, Coelho & Portas não se deviam preocupar com as propostas/promessas de Costa. Estão a valorizá-las… Deviam ralar-se, e muito, com aquelas que fizeram e não cumpriram. E foram às dezenas.
Mas… diz o meu sábio povo: “Ovelha ruiva como é assim cuida“. E aquele “par de dois” no temor de serem em breve a pontapé corridos, começam já, clamantes e vociferantes, a fazer aquilo em que são melhores: a chicana política dos javardolas.
E vai daí, para escaparem à discussão dos seus contínuos e repetidos embustes, recuam para diante e passam a disparar, em rajada, sobre todas as sombras que mexem, mesmo e ainda as de Alcácer Quibir…
Tudo isto, claro está, no linguarejar poluto da política abusada.
Ah! quão necessária seria uma linguagem nova e limpa… e não o cacarejar estrénuo dos vendilhões do templo…
 
O medo corporiza diversas formas. Em seu auge, será terror e pânico. Hoje, as hostes de Coelho & Portas pareciam possessas desse terror e prenhes desse pânico.
Oh senhores… deixai a procissão sair da sacristia, permiti-lhe ao menos que alcance o adro!
Ainda nem a conegazia s’acomoda sob o pálio e já vós tão céleres e hostis estrepitais?
Lêde Sun Tzu, a sua “Arte da Guerra” e ficai a saber que exército atemorizado tem a batalha meia perdida.
De facto, quão torpe há-de ser a consciência de alguns, no tão esconso semideiro da vil mentira em que refocilam…

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Publicado em Editorial