Eu não queria ser jovem em Viseu

Aliás, hoje, ser jovem em Portugal só é um privilégio etário pois contaminado e tornado pesadelo vivencial pelo descalabro económico em que vivemos. Não há dia nenhum do mês no qual jovens portugueses não partam às centenas para outros países, numa emigração forçada, com uma coragem inabalável, em busca do que a Pátria avara lhes […]

  • 10:11 | Segunda-feira, 09 de Dezembro de 2013
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Aliás, hoje, ser jovem em Portugal só é um privilégio etário pois contaminado e tornado pesadelo vivencial pelo descalabro económico em que vivemos.
Não há dia nenhum do mês no qual jovens portugueses não partam às centenas para outros países, numa emigração forçada, com uma coragem inabalável, em busca do que a Pátria avara lhes nega. A coragem de quem desiste de um país – amarguradamente – e vai cumprir longe “seu Portugal” e o fado lusitano, que este governo tão lamuriosamente é exímio em tanger.
Mão-de-obra qualificada, técnicos superiores e competentes, que tanto custaram ao erário público, recebidos pelos outros países a custo zero. População activa a desaparecer, tornando a demografia um monstro angustiante…
Em Viseu, imagem de um país moribundo, a taxa de desemprego jovem, de Junho de 2011 a Outubro de 2013 subiu para os 43%. Mas a taxa de licenciados desempregados subiu para os 100%!
Estes números são de tal forma imorais e escandalosos quanto agravados por uma gestão autárquica que deixa os cofres com vinte e tal milhões de euros recebidos em impostos pagos pelos munícipes e nunca conseguiu implementar uma política de captação de investimento e de criação de postos de trabalho.
Almeida Henriques tem a tarefa muito facilitada. Diz-se cheio de profícuas ideias e de larga experiência no sector do investimento produtivo, acrescem-lhe os conhecimentos preciosos que trará para Viseu de investidores diáspora lusitana fora, juntam-se-lhes os cofres da autarquia a abarrotar de milhões.
Qualquer mínimo insucesso nesta matéria é pois maximamente inexplicável.

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Publicado em Editorial