Este estranho xadrez político…

  Manuel Vals, o primeiro-ministro francês, congratula-se pelo facto do score obtido pela FN de Marine Le Pen, na 1ª volta das eleições departamentais, não ter sido tão elevado quanto o esperado… Fraco consolo! Devia era olhar para o seu terceiro lugar no rang eleitoral. Esta afirmação do líder socialista francês é estranha por dois […]

  • 21:22 | Domingo, 22 de Março de 2015
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Manuel Vals, o primeiro-ministro francês, congratula-se pelo facto do score obtido pela FN de Marine Le Pen, na 1ª volta das eleições departamentais, não ter sido tão elevado quanto o esperado… Fraco consolo! Devia era olhar para o seu terceiro lugar no rang eleitoral.
Esta afirmação do líder socialista francês é estranha por dois motivos: primeiro pela sub-reptícia constatação inerente à afirmação do insucesso da sua política; segundo por previamente pensar que o “adversário” iria mais longe, provando assim, nesse alívio breve, desconhecer a lúcida realidade do seu eleitorado.
Mas a verdade é que a UMP (centro direita) de Sarkozy vai à frente com 31% contra os 25% da FN. A “banhada” é dos socialistas de Hollande, com a fasquia nos 20%…
A abstenção diminuiu para 49% o que mostra que os cidadãos se alheiam menos da realidade vivida.
Por seu turno, em Espanha, nas eleições legislativas antecipadas, neste momento, o PSOE obteria uma maioria simples, o PP de Rájoy perderia um terço dos eleitos e o PODEMOS tornar-se-ia a terceira força política… A abstenção também diminui face a 2012.
 
Em Portugal, um Coelho alheado do real, regozija-se por “ter os cofres cheios”. Não mostra mágoa nem respeito por todos os portugueses com os bolsos vazios, mas por ter os cofres cheios… Afirma-o, ele e Maria Luís, de bocas escancaradas de alarvidade e mentira.
Parafraseio Norberto Pires:
Cofres cheios? De quê? De dinheiro nosso não é com certeza, porque é dinheiro emprestado a uma taxa média muito acima do valor pago pelos locais em que está depositado. A maior parte está depositado no BCE (cerca de 18,5 mil milhões do total de 24 mil milhões) que paga -0,2% pelos depósitos, ou seja, pagamos todos cerca de 40 milhões para termos esse dinheiro que nos foi emprestado guardado.”
Para que a charlatonice governamental, em tempos de campanha pré-eleitoral, posso afirmar sem pudor nem pejo que tem as arcas cheias (com dinheiro dos outros!), os portugueses continuam a ser roubados escandalosa e persistentemente. E conduzidos à miséria…
A pulhice política não tem freio nem bridão… nem vergonha, nem razão.
Os milagres de Coelho só o são na sua boca insensata e nas suas afirmações virtuais. Infelizmente, a realidade que vivemos mostra-nos exactamente o contrário. O logro, ao fim de três anos e meio, continua a ser a única política real deste falhado e lesivo governo PSD/CDS.

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Publicado em Editorial