VISEU. ACONTECIMENTO CULTURAL DO ANO

Se alguém me perguntasse qual terá sido o acontecimento cultural do ano de 2013, em Viseu, eu responderia, sem hesitar, que terá sido a elevação, na Rua Formosa de Viseu, de uma estátua a Aquilino Ribeiro que não é, jamais, apenas um homem da Beira, nem de Viseu, é de Portugal e podemos seguir mais […]

  • 11:53 | Sexta-feira, 27 de Dezembro de 2013
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Se alguém me perguntasse qual terá sido o acontecimento cultural do ano de 2013, em Viseu, eu responderia, sem hesitar, que terá sido a elevação, na Rua Formosa de Viseu, de uma estátua a Aquilino Ribeiro que não é, jamais, apenas um homem da Beira, nem de Viseu, é de Portugal e podemos seguir mais longe, afirmando o seu quê de universal, na medida em que mereceu de tantos a subscrição da sua candidatura a Prémio Nobel da Literatura. E eu assim o considero. Daí a importância, ao nível do simbólico, da estátua que o Município de Viseu fez erigir, mediada ainda que pelo Centro de Estudos Aquilino Ribeiro, projecto a que eu, sinto, dei o melhor do meu contributo, modéstia à parte. E ufana deve estar a Câmara de Viseu.

Isto eu pensei, num primeiro momento, como resposta à eventual pergunta. Mas logo depois veio a hesitação e a memória de outro singular facto: Um certo Presidente de uma Assembleia Geral de uma instituição cultural de prestígio, apenas por seu livre arbítrio, convoca no inquietante prazo de menos de dois meses, três Assembleias Gerais Extraordinárias e põe a andar os Corpos Sociais da tal instituição que integravam, cria eu, um bom grupo dos seus leais amigos que me pareceu terem nesse mesmo ano realizado trabalho de excelência. E eu tive que eleger este acontecimento tão extraordinário quanto as tais Assembleias, verdadeiramente nunca visto, como o acontecimento do ano. O que não passa de uma escolha minha, tão só, diga-se a verdade.

Dir-me-ão: Mas isto não será antes anti – cultura?! Apetece-me responder que sim. O que não passará da minha modesta opinião. O que me apetece de todo acrescentar é que em tal atitude do tal senhor Presidente não houve aquilo que habitualmente classifico como ética, condição que, para mim, sustenta o conceito que tenho de cultura. Assim penso. E nenhum encartado sofista me convencerá, com a sua melhor, mas vã retórica, do contrário.


Mas a cada um a sua verdade.

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Publicado em Cultura