CARTA AO SENHOR DIRECTOR DO MUSEU NACIONAL GRÃO VASCO

    Meu excelente amigo, Dr. Agostinho Ribeiro: Em primeiro lugar as minhas palavras são de felicitações porque ontem, dia do conhecimento público, se tornou verdade um sonho por ti acalentado, a oficial declaração de que o Museu Grão Vasco ganhava o estatuto de Museu Nacional. Acto maior, complementar dos múltiplos actos por ti projectados […]

  • 13:15 | Terça-feira, 19 de Maio de 2015
  • Ler em 2 minutos

 

 

Meu excelente amigo, Dr. Agostinho Ribeiro:


Em primeiro lugar as minhas palavras são de felicitações porque ontem, dia do conhecimento público, se tornou verdade um sonho por ti acalentado, a oficial declaração de que o Museu Grão Vasco ganhava o estatuto de Museu Nacional. Acto maior, complementar dos múltiplos actos por ti projectados para celebrar esse simbólico e convencional Dia Internacional dos Museus, antecede, e isso é premonitório, a celebração festiva da centenária instituição que te foi confiada e te é dado governar.

Está de parabéns a cidade, é certo, estão de parabéns as Instituições parceiras que a tua sábia liderança arregimentou para o projecto e eu quero salientar, de entre outras, só porque mais emocionalmente me toca, o Grupo de Amigos do Museu porque esses, os que lhe pertencem, indefectíveis, para além das circunstâncias, sempre se mantiveram no convés da embarcação, se válida for a metáfora da nau, jamais se negaram a remar nos trinta anos que lá vão desde a sua criação. E, dando as mãos ao Director, saúdo esse corpo de gente que, lado a lado, vive o dia-a-dia, no Museu, e que justamente deve ser lembrado, partícipe que é do labor e dos anseios.

O que eu acho é que a cidade que somos todos nós é quem mais ganha com esta nomeação do teu empenho, o teu Museu feito Tesouro Nacional, só porque lá dentro lemos, em espelho, quanto de bom, quanto de belo criaram homens como nós e que agora se oferece como lídima lição, fecundo exemplo, constante estímulo, exaltante desafio, ao quotidiano desta nossa humanidade que se vai regendo, quase só, por tão pragmáticos quão inúteis, quando não ruins padrões.

Companheiro de idênticas lides, tantos anos, eu te saúdo agora e longa vida te desejo, a ti e ao Museu Nacional Grão Vasco.

Com um abraço.

Viseu, 19 de Maio de 2015.

 

Alberto Correia (Ex- director do Museu Grão Vasco)

 

 

 

 

 

Gosto do artigo
Publicado por
Publicado em Cultura