Saneamento político por motivos de alegada meritocracia

      O relator da Comissão de Inquérito ao GES / BES, cujas recomendações são explícitas, foi alegadamente “saneado” das listas para deputado, por parte do principal partido do ainda governo. Paradoxalmente, a consumação do saneamento político, deve-se a alegados serviços de plena dedicação em prol da transparência e equidade resultantes das recomendações lavradas […]

  • 21:08 | Sexta-feira, 21 de Agosto de 2015
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O relator da Comissão de Inquérito ao GES / BES, cujas recomendações são explícitas, foi alegadamente “saneado” das listas para deputado, por parte do principal partido do ainda governo.

Paradoxalmente, a consumação do saneamento político, deve-se a alegados serviços de plena dedicação em prol da transparência e equidade resultantes das recomendações lavradas em relatório que mereceu elogios de todos os quadrantes politico-ideológicos.

O silêncio comprometedor e o registo de declarações dos principais inquiridos na Comissão Parlamentar de Inquérito no caso GES / BES, parecem ter incomodado o poder executivo na hora de se ver confrontado com a obrigação de tomar decisões.

Em boa verdade, o trabalho e dedicação de um deputado que foi um relator isento, numa comissão soberana (que serve para memória futura para outros órgãos de soberania), alegadamente não foi reconhecido, porque, alegadamente, incomoda quem defende o mérito, a verdade e a liberdade de expressão enquanto direito conquistado em Portugal com a Revolução de Abril.

Este alegado pretexto de saneamento por não recondução de um deputado que contribui pata o apurar de responsabilidades, deve constituir reflexão para todos quantos desejam combater a corrupção.

A avaliar pelas últimas legislaturas e segundo os eleitores portugueses, o PS, o PSD e o CDS, não são corruptos, porque são sempre os preferidos. Portanto eis-nos perante um enigma:

Seremos burros cegos e obtusos e votamos em corruptos? Ou a OCDE é mentirosa e somos um país rico e honesto?

A verdade é que de acordo com o índice de Transparência Internacional, a OCDE conclui que Portugal foi o país do mundo, que em 10 anos, mais agravou a corrupção. Será que os portugueses é que estão certos e a OCDE, é que está errada?

Portugal está bem de saúde, é um país próspero e pleno de democracia, justiça, igualdade e honestidade. Basta olhar à volta… basta ver quem esteve nos últimos 10 anos no poder… e nos anteriores, claro. Basta ver em que estado está o país. Portanto portugueses força, continuem, estamos no bom caminho, continuem a enriquecer corruptos e a destruir Portugal.

 

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Publicado em Opinião