Quem vier atrás que feche a porta!

Por diversas vezes tive a oportunidade de referir que atendendo ao percurso político (e porventura até profissional) do actual presidente do Município de Viseu, António Almeida Henriques, não eram expectáveis milagres no decurso do seu mandato, quer fossem eles ao nível de políticas públicas ou ao nível do equilíbrio financeiro, no mínimo ao nível daquele […]

  • 14:26 | Quarta-feira, 13 de Abril de 2016
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Por diversas vezes tive a oportunidade de referir que atendendo ao percurso político (e porventura até profissional) do actual presidente do Município de Viseu, António Almeida Henriques, não eram expectáveis milagres no decurso do seu mandato, quer fossem eles ao nível de políticas públicas ou ao nível do equilíbrio financeiro, no mínimo ao nível daquele que recebeu do seu antecessor no cargo, Dr. Fernando Ruas. Como não há santo que nos valha, quando não há matéria-prima ou matéria cinzenta, pelos vistos não falhei por muito e basta um olhar atento pelas para se confirmar tal veredicto.

Almeida Henriques, convém recordar aos mais desatentos, saiu, pela porta pequena, demitido do governo, sem honra ou glória, depois de se ter lançado a suspeição, dada à estampa na Revista Sábado, de que ele seria o “bufo” (em troca de boa imprensa) do governo de Passos Coelho. Obviamente, para não ir directamente para a fila do centro de emprego mais próximo, foi despromovido do Governo para a Autarquia. Assim, ganhou o governo e ganharam os portugueses tendo a autarquia e os viseenses sido os derrotados. Agora, um aparte, imagine o leitor a quantidade de incompetência necessária para o próprio Miguel Relvas desejar a nossa despromoção, foi só isto que calhou em sorte a Viseu.

Voltando às já celebres más contas do autarca, segundo a oposição local o Resultado Líquido do Exercício de 2015 da autarquia de Viseu é de 1.350.973,94 €, tendo o mesmo sido de 8.266.315,18 €, em 2014, ou seja de um ano para o outro o RLE deu um trambolhão de “apenas” 84%. A receita corrente ficou perto dos 43 milhões de euros, menos 0.79 que no ano anterior, já a poupança corrente, no mesmo período deu um trambolhão de 5 milhões de euros tendo os fornecimentos externos aumentado nos mesmos 5 milhões de euros. Até 2013 os números da autarquia não falhavam, já no percurso de Almeida Henriques as contas teimam em não dar certo.


Agora que as finanças estão a Almeida-Henricar (i.e. dar o berro), Almeida faz o sprint final de modo a garantir que não perde novo lugar por incompetência. Afinal o projecto com que se apresentou a eleições, apesar de nunca te sido apresentado ou discutido publicamente, era para 10 anos de governo. Assim, já em desespero e com as contas no vermelho ao fim de dois anos, temos Almeida Henriques a dar tiros nos pés. Temos Almeida no congresso do PSD a dizer que será candidato à C.M.V, numa intervenção completamente fora de contexto; Temos Almeida a dizer que em 2 anos fez mais do que todos os antecessores; Temos Almeida a ouvir o “Presunção e água benta cada um toma a que quiser” o importante é “ver isso demonstrado”.

E pergunta o povo, com razão, depois de tanto dinheiro esbanjado onde está a obra? A resposta é simples, não há obra. O Presidente apostou as fichas todas em eventos, festas, comunicação, marketing (algum dele pessoal, basta ver a coluna em seu nome, mas escrita por Jorge Sobrado no CM) e vinho. Quando muita gente, entre os quais oposicionistas ao executivo anterior, diz que prefere o regresso ao passado a repetir Almeida Henriques é porque a coisa vai mal, muito mal. Haja propaganda para Almeida Henriques, porque as poupanças do Dr. Ruas estão a dar as últimas.

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Publicado em Opinião