Quando o roubo compensa!

  Os ex-gestores do Banco Espírito Santo (BES) – Ricardo Salgado, José Maria Espírito Santo e Amílcar Morais Pires, estão prestes a reaver os seus bens que, em Junho deste ano, foram arrestados por ordem do juiz de instrução criminal Carlos Alexandre. Enquanto se abre o precedente para que recursos possam ocorrer por parte da […]

  • 9:09 | Quarta-feira, 14 de Outubro de 2015
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Os ex-gestores do Banco Espírito Santo (BES) – Ricardo Salgado, José Maria Espírito Santo e Amílcar Morais Pires, estão prestes a reaver os seus bens que, em Junho deste ano, foram arrestados por ordem do juiz de instrução criminal Carlos Alexandre.

Enquanto se abre o precedente para que recursos possam ocorrer por parte da defesa destes banqueiros, junto do Tribunal da Relação de Lisboa, vão falecendo idosos indefesos, por alegada relação de causa / efeito com a vigarice de que foram vítimas com a subscrição do papel comercial do GES.


Paula Teixeira da Cruz afirmou no início da última legislatura que tinha o “desejo de que o país pudesse entrar num período em que acabem as impunidades”[1].

É esta a “justiça mais ágil, mais eficaz e mais equitativa” que a Srª Ministra da Justiça, apregoou a todos os ventos?

Não nos parece. Afinal Portugal continua a ser o País dos “donos disto tudo”, dos poderes instalados, dos conluios e das cunhas. Nada parece mudar.

Em que Estado de Direito é cancelado o arresto de bens de ladrões, enquanto forma de reembolsar os roubados? Qual o fundamento?

Ou isto é bem explicado por quem de Direito ou cabe aos cidadãos defenderem a tão desejada democracia no nosso país, por todos os meios necessários, combatendo as politiquices, os corruptos e os jogos de promiscuidade entre poder político e financeiro, que podem continuar, a avaliar pela recente sondagem que aponta para o bloco central como solução preferida dos portugueses para a composição do próximo Governo [2] .

 

 

[1] Paula Teixeira da Cruz foi e entrevistada por Judite de Sousa, na TVI em 17 Novembro de 2011, e acabou por responder às acusações de Marinho e Pinto, que afirmou que o Ministério está “entregue a um escritório de advogados” e que a ministra nomeou “familiares” para cargos públicos.
[2]De acordo com o estudo realizado pela Aximage para o Negócios e o Correio da Manhã,  32,1% dos inquiridos preferem que o quadro parlamentar saído das legislativas de 4 de Outubro permita a formação de um Executivo apoiado por uma maioria parlamentar de sociais-democratas, centristas e socialistas.

 

 

 

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Publicado em Opinião