O Futuro do PSD

É importante escolher uma personalidade que imprima relevância acrescida ao PSD no quadro político nacional e defina claramente o seu posicionamento político.

  • 19:58 | Domingo, 15 de Outubro de 2017
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Derrotado nas autárquicas, o PSD prepara-se para procurar um novo líder. A verdade é que este cenário parecia uma inevitabilidade, tendo em consideração o comportamento politicamente frouxo e passivo de Passos Coelho desde que deixou de ser primeiro-ministro. Mas as eleições autárquicas desnudaram decisivamente este atabalhoar da ação política do PSD e do seu líder. Umas eleições que foram mal preparadas, sem critério, sem estratégia e sem método.

Poderemos afirmar que, mesmo que estes aspetos tivessem sido levados em consideração, o resultado pouco teria variado. Contudo, demonstrariam rumo, projeto e visão bem definidos, elementos indispensáveis a uma oposição que pretende ser credível e uma alternativa ao atual Governo.

Agora, depois deste soco no estômago, o que está em causa é saber o que se pretende para o PSD, no futuro. Parece-me que o PSD, na disputa da liderança que está no terreno, tem de resistir à tentação do baile de nomes e à mera solução de cosmética para o interior do partido.


É importante escolher uma personalidade que imprima relevância acrescida ao PSD no quadro político nacional e defina claramente o seu posicionamento político.

A meu ver, é bem-vindo um PSD reformista, humanista, que marque bem o lado social democrata das suas ideias e opções e que se demarque da inclinação para as políticas de direita, que o caracterizaram nos últimos anos.

O PSD vive uma espinhosa situação interna, de incerteza e dúvidas, que deve ser ultrapassada para dar lugar a uma fase de maior estabilidade, porque os interesses do país e do sistema político necessitam de um PSD com competência, moderação e diálogo ativo.

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Publicado em Opinião