O descalabro financeiro das contas municipais: Viseu 2018

A Evolução dos Resultados Económicos do Município de Viseu – relação entre os Custos e os Proveitos – mostra-nos que o ano 2018 foi absolutamente desastroso para a gestão municipal.

  • 22:13 | Quarta-feira, 30 de Outubro de 2019
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A Evolução dos Resultados Económicos do Município de Viseu – relação entre os Custos e os Proveitos – mostra-nos que o ano 2018 foi absolutamente desastroso para a gestão municipal.

O Resultado Liquido Negativo atingiu o impressionante número de 3 573 149€ (três milhões quinhentos e setenta e três mil cento e quarenta e nove euros). Nunca valor tão negro tinha sido registado no histórico das Contas Municipais dos últimos anos. Diz a propaganda Municipal que “Viseu é de boas contas”, tamanho é o embuste, grande é o Ilusionismo Político, muito fraco é o trabalho realizado na cidade e no concelho.

Poderíamos até perceber, em parte, este resultado se isso se tivesse traduzido numa melhoria das condições de vida dos Viseenses ou num quadro de desagravamento de impostos municipais. Mas não, o que assistimos ao longo do ano 2018, na linha dos anteriores, e que se tem replicado no decorrer deste ano 2019, é uma continuidade da Política das Festas e dos Eventos que se traduziu na elevada fatura a pagar por todos os Viseenses.


Se analisarmos a cobrança quer do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI), quer do Imposto Único de Circulação (IUC), nunca como em 2018 se atingiram valores tão altos, respetivamente de 13 330 139€ e de 2 513 627€.

Estes valores de impostos municipais, tão elevados, cobrados aos Viseenses estão a ser derretidos em festividades e seus sucedâneos, mas nem assim conseguem ser suficientes para alimentar a Máquina de Eventos já instalada no Rossio, tamanho é o buraco que está gerado entre a Receita e a Despesa Municipal.

É triste verificar a decadência de resultados das Contas do Município associada a uma perda sistemática e gradual – que se tem assistido nos últimos anos e com este Executivo Municipal – no número de população residente, da fuga de jovens para outras cidades, no envelhecimento populacional, no atraso no desenvolvimento do Concelho.

(Fonte: os dados utilizados e as tabelas foram retirados do Anuário dos Municípios Portugueses 2018, publicado hoje pela Ordem dos Técnicos de Contas).

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