Na verdade, nada sabemos, uns dos outros…

Chego à minha conta nas redes sociais e só deparo com coisas bonitas…

  • 17:42 | Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2019
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Não sei, não sabemos! Entre a felicidade e a tristeza o que há, não sei, também não sei onde é que as pessoas guardam as coisas que as fazem imensamente felizes e igualmente tristes. Entre ambas existe uma linha ténue que é a vida.

Sei quando nascem filhos, sei da notificação a dizer que fazem anos, sei dos anéis de noivado, sei quando alguém parte, sei do lugar das férias e às vezes da promoção no emprego. Mas raramente sei, raramente sabemos, do vazio, do que nunca foi e do que chegou a ser, nunca sei porque alguém ficou gorda ou magra, ou o que passou para o ser. Nada sei sobre a cor dos dias, dos cinzentos e dos azuis. Há os sonhos, as ambições, o amor, o desamor, isto e o que ninguém sabe.

Afinal onde guardam as pessoas as coisas, será no estômago, no coração ou mais acima dele, ou será num canto invisível?


Chego à minha conta nas redes sociais e só deparo com coisas bonitas… mas há alguém que empalideceu no prédio, alguém que está sempre sozinho no banco de jardim, quando vou correr.

Sabemos o que o calor derrete e de cor os planetas onde não moramos, sabemos que o frio corta. Mas nunca sabemos do invisível, o vazio, o que reside. Nunca sabemos o que enche quando tudo está cheio.

Na verdade, nada sabemos, uns dos outros. Hoje chove.

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