MUSEU DO PRADO ONLINE

    A última visita que fiz ao Museu do Quartzo, no Monte de Santa Luzia, terá sido há três ou quatro anos. Acompanhei um grupo de crianças do primeiro ciclo do ensino básico. Qual não foi o meu espanto, quando uma senhora me gritou: “Não pode fotografar!”. Ainda nem tinha entrado na zona de […]

  • 11:39 | Domingo, 13 de Dezembro de 2015
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A última visita que fiz ao Museu do Quartzo, no Monte de Santa Luzia, terá sido há três ou quatro anos. Acompanhei um grupo de crianças do primeiro ciclo do ensino básico.


Qual não foi o meu espanto, quando uma senhora me gritou: “Não pode fotografar!”. Ainda nem tinha entrado na zona de exposição propriamente dita. Estava no corredor de acesso e queria apenas fotografar a entrada onde estava inscrito “Museu do Quartzo” para posteriormente utilizar a fotografia e ilustrar um pequeno texto acerca da visita.

Tentei explicar à senhora que ainda nem estava na sala de exposições, apenas queria registar a nossa visita ao local com uma foto dentro do museu. Informei também que muitos museus do mundo permitem fotografar, mesmo as obras, desde que não se faça uso do flash. Ao repto, respondeu: “Aqui não queremos fotografias, queremos que as pessoas venham cá ver as nossas peças. Não queremos nada na internet…”

Perante a altivez da senhora e o olhar de soslaio do segurança, que mais parecia estar a vigiar a entrada de uma porta de discoteca de subúrbio problemático, guardei a máquina, pedi desculpa e fiz a visita com as crianças. Obviamente, cada entidade tem a liberdade de impôr as suas regras. Não acompanhar as tendências mundiais já poderá ser questionável…

Em tempos, fiz uma vista a Madrid e ao monumental museu do Prado. Com saudades, difíceis de matar pela distância a que nos encontramos e falta de espaço na agenda, decidi visitar o sue site. Em boa hora! Vivi  uma experiência soberba ao visitar digitalmente o Museu do Prado. Tem uma imagem completamente renovada que nos permite contactar com todas as obras, autores, exposições…

O recurso à fotografia e ao vídeo, permite aos cibernautas, através da uma bem engendrada estrutra de módulos, inter-relacionar as obras de arte, os autores da coleção, atividades e conferências. O motor de busca funciona bem e permite-nos “perder-nos” no labirinto dos cerca de 10000 artigos. A cada objeto corresponde uma imagem com zoom de excelente resolução, uma ficha técnica, um texto explicativo, a biografia do autor, etiquetas relacionadas, bibliografia de textos académicos…

É também possível, através de uma rede social específica “Mi Prado”, criar e guardar itinerários personalizados.

O Prado está aberto 24 horas em qualquer parte do mundo. Não tenho informação que o online tenha feito reduzir o número de visitantes ao Museu, na magnífica capital espanhola.

Paradoxal ou  não,  é fatual que os mais famosos museus do mundo melhoram as suas páginas web, propondo aos interessados experiências de visitas virtuais cada vez mais impactantes!

Nós por cá, quem quiser que nos viste, que venha à nossa terra. Se a senhora estudasse um pouco o fenómeno, saberia que quanto melhores são as experiências no digital, mais vontade as pessoas têm de realizar a experiência in loco.

 

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