IPSS- FALTAM 22,18% PARA GARANTIR A SUSTENTABILIDADE

  Diz-nos o Papa Francisco que “É na medida em que conseguimos dar um sentido justo e verdadeiro à riqueza que crescemos em humanidade e nos tornamos capazes de partilhar.”  As IPSS têm como vocação fundacional o apoio às pessoas mais carenciadas e são fulcrais na proximidade em relação às famílias que apoiam, diariamente, e […]

  • 17:05 | Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2019
  • Ler em 2 minutos

 

Diz-nos o Papa Francisco que “É na medida em que conseguimos dar um sentido justo e verdadeiro à riqueza que crescemos em humanidade e nos tornamos capazes de partilhar.” 

As IPSS têm como vocação fundacional o apoio às pessoas mais carenciadas e são fulcrais na proximidade em relação às famílias que apoiam, diariamente, e no contributo para a coesão territorial.


A partilha só se efetiva quando há recursos e é potenciada quando estes são bem geridos. Nesta lógica, o estudo “Importância Económica e Social das IPSS em Portugal” tratou de um item relevante: o “Efeito Multiplicador” que estas organizações têm para as economias locais.

A captação de receitas, através de financiamento público; mecenato; doações e a sua aplicação no pagamento de salários de colaboradores, que vivem no território, e no pagamento a fornecedores locais, com quem são contratualizadas prestações de serviços, permitiu concluir que cada euro captado pelas IPSS, para o seu concelho, é multiplicado por 4,218€ na economia desse território.    

O estudo sistematiza muitos dados que evidenciam a atual situação económico-financeira das IPSS, muitas em estado comatoso em risco de colapsarem. A este propósito, o Padre Lino Maia, presidente da CNIS, deixa clara a sua preocupação: “Temo que caso uma instituição passe o limite e decida fechar portas isso possa ter um efeito dominó.”

O Estado tem que repensar o modelo de financiamento e, no mínimo, não deve continuar a incumprir com as expectativas criadas, aquando da celebração do Pacto de Cooperação para a Solidariedade Social, assinado em 1996 em que se apontava para a concretização de uma comparticipação estatal na ordem dos 50%. O Estado, através da Segurança Social, apenas contribui com 38,75% para o rendimento das instituições. Se somarmos o valor pago pelos utentes – 31,7% – 6,59% (de outras entidades da Administração Central) e 0,78% das Autarquias Locais, atingimos o resultado de 77,82%.

ALERTA: FALTAM 22,18% PARA GARANTIR O EQUILIBRIO FINANCEIRO E A SUSTENTABILIDADE DAS ORGANIZAÇÕES.

Gosto do artigo
Publicado por
Publicado em Opinião