FUTEBOL SOLIDÁRIO

    O futebol é a atividade com mais sucesso em Portugal,  uma indústria que gera milhões para (alguns) jogadores, (alguns) clubes, (alguns) treinadores e (alguns) agentes desportivos. Todos os anos são feitas transferências de milhões, de jogadores e de treinadores. Paradoxalmente os grandes clubes, os que mais negócios realizam, acumulam passivos colossais. Quanto aos […]

  • 21:58 | Sábado, 05 de Setembro de 2015
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O futebol é a atividade com mais sucesso em Portugal,  uma indústria que gera milhões para (alguns) jogadores, (alguns) clubes, (alguns) treinadores e (alguns) agentes desportivos. Todos os anos são feitas transferências de milhões, de jogadores e de treinadores. Paradoxalmente os grandes clubes, os que mais negócios realizam, acumulam passivos colossais. Quanto aos pequenos clubes, sobrevivem, época atrás de época, com dificuldades, dívidas acumuladas, quase sem receitas de bilheteira e com as migalhas a que têm direito dos direitos de transmissão televisiva dos seus jogos.


O filão dos treinadores foi desbravado por Mourinho pela mão de Jorge Mendes. O treinador português, de 52 anos, entrou nesta sexta-feira no livro do Guinness, recebendo vários  certificados dos recordes que estabeleceu ao longo da carreira. O special one no seu melhor que deu  origem ao  herói da nova série de banda desenhada da SIC, “”.

Jorge Mendes é o “super agente FIFA”, só este verão movimentou, de acordo com a imprensa desportiva, 400 milhões de euros em transferências de jogadores. Antes de a bola começar a rolar, já o português era o grande  campeão, o rei das transferências. Mendes é o agente do melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo. Joga como ninguém, ganha milhões como poucos e foi considerado pelo site Athletes Gone Goog  o desportista mais solidário do mundo.

É de solidariedade que quero falar. O mundo do futebol pode considerar-se um “lugar estranho”, milhões de euros, corrupção, apostas desportivas – legais e ilegais – um mundo à parte que vive da emoção e da ilusão dos seus adeptos. Pouca razão e muito coração dos milhões de adeptos que alimentam uma indústria que gera milhões e se incompatibilizou com o “amor à camisola” e o “clube do coração”.

Contudo, o futebol volta a dar provas de generosidade, os adeptos dos clubes alemães deram um bom exemplo de tolerância e combate à xenofobia. Na última jornada da Bundesliga, os aficionados do Borussia de Dortmund, Bayern de Munique, St. Pauli e Werder Bremen levaram faixas para os estádios dando as boas-vindas aos refugiados que chegam aos milhares  ao seu  país. O Bayern de Munique vai doar  um milhão de euros para ajudar os refugiados, no âmbito da responsabilidade dos clubes, segundo o Presidente do conselho directivo, Karl-Heinz Rummenigge.

Em Portugal, o FC Porto merece os elogios de todos nós, sob o lema “” (“Vamos jogar pelos migrantes!”), a Direção do clube  propôs, em carta enviada a Platini, que seja doado um euro por cada bilhete vendido na Champions.

Bons exemplos que provam que a indústria do futebol também é solidária e se preocupa com os dramas da humanidade.

 

 

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Publicado em Opinião