Epístolas da Marquesa d’Azambuja

Senhor Doutor, Madame já não se alembra se amandou esta escrevedura – c’anda assim pró esquecida – mas manda dizêre que se ainda não amandou, pode usar, lá na sua rua direita ou láoquiéie. Obrigadinha. Henriqueta Condição Para se ser funcionário público uma condição haveria de contar, antes do currículo, no fim do currículo, no […]

  • 20:21 | Quinta-feira, 08 de Março de 2018
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Senhor Doutor,
Madame já não se alembra se amandou esta escrevedura – c’anda assim pró esquecida – mas manda dizêre que se ainda não amandou, pode usar, lá na sua rua direita ou láoquiéie.

Obrigadinha.

Henriqueta


Condição

Para se ser funcionário público uma condição haveria de contar, antes do currículo, no fim do currículo, no meio do currículo:
gostar das pessoas.

Haveria de medir-se a capacidade de servir o país, primeiro pela capacidade de gostar das pessoas.
Na política, na medicina pública, na acção social, na repartição de finanças, na actividade de dar aulas – “dar”?, a competência profissional só deveria ser considerada se aprovados no exame “Gostar de Pessoas”.

Ou então experimentem precisar de Apoios Sociais, depender da ajuda da professora, do médico, ou precisar que nas Finanças lhe expliquem como preencher um impresso.
É a roleta russa, com a nossa vida no meio.
Era só colocar uma emendazinha na Lei:

“Todo o político que determina Leis tem de passar pelo corredor dos beneficiários de Apoios Sociais uma vez na vida em modo anónimo.”

Oh país que seríamos com esta revolução!….

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