Capital Europeia da Comunicação

  Sobre a natural ambição de uma cidade como Coimbra se candidatar a Capital Europeia da Cultura já tudo foi dito. É legítimo, é desejável e é motor de desenvolvimento.   Acerca do complexo projecto de uma candidatura desta envergadura apenas gostaria de lembrar o peso decisivo da Comunicação. De facto – e não de […]

  • 21:05 | Sábado, 10 de Março de 2018
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Sobre a natural ambição de uma cidade como Coimbra se candidatar a Capital Europeia da Cultura já tudo foi dito. É legítimo, é desejável e é motor de desenvolvimento.

 


Acerca do complexo projecto de uma candidatura desta envergadura apenas gostaria de lembrar o peso decisivo da Comunicação. De facto – e não de fato, como um Acordo Ortográfico de má memória gostaria de nos obrigar a escrever… – uma candidatura precisa de várias coisas, a saber:

um motivo; não é candidata quem quer, é quem pode; é preciso ter trunfos nesta corrida e há um exercício simples sobre este tema: Coimbra tem motivos suficientes para fazer um habitante de Salzburgo, por exemplo, vir visitá-la na perspectiva cultural?

uma ideia agregadora: o património, a prática cultural, a tradição e tudo o que cabe dentro do grande conceito de “Cultura” pode ser congregado numa ideia, num fio condutor, numa história organizada que queremos contar a quem nos visita?

uma equipa: uma vasta equipa multidisciplinar precisa de se organizar, afinada como uma orquestra de excelência para pôr de pé um projecto tão ambicioso; dos programadores, aos gestores, dos técnicos aos artistas e agentes culturais e sobretudo dos visionários, de tudo um pouco é necessário para construir um projecto que da visão e do sonho, passando pelo papel, se possa tornar realidade;

meios: recursos financeiros, humanos, tecnológicos, processuais e um sem fim de experiências precisam de se unir para candidaturas vencedoras.

Comunicação: aqui entramos no domínio da construção antecipada; a Comunicação ao serviço de uma candidatura tem de ser a miragem colectiva que uma cidade pode representar; aquilo que ainda não é mas vai ser, aquilo que já é mas não conhecemos, aquilo que todos conhecemos mas ainda não mostrámos aos de fora. E ainda, o que resulta da interacção de todas as visões com o processo de construção e que por vezes surpreende quem está no âmago dos projectos, como se o caminho por vezes se fizesse mesmo caminhando…

A Comunicação deve estar presente em todos os momentos e equipas de um projecto colectivo como é a candidatura de uma cidade a Capital Europeia da Cultura. Porque a candidatura é sobretudo Comunicação: dizer a quem escolhe – estamos aqui, somos a melhor cidade, temos isto e aquilo e aqueloutro que as outras não têm.

Temos aquilo que quererão vir conhecer.

Temos visão, magia, História e poesia.

Tem a candidatura de Coimbra tudo isto?

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