À vista de todos

    A Deliberação do Conselho de Administração do Banco de Portugal em dividir o BES em dois, é o maior escândalo, originado pela promiscuidade dos decisores políticos e económicos portugueses em plena democracia. O Banco de Portugal e Fundo de Resolução pede a um juiz mais tempo para contestar a providência cautelar lançado, pela […]

  • 11:11 | Domingo, 23 de Agosto de 2015
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A Deliberação do Conselho de Administração do Banco de Portugal em dividir o BES em dois, é o maior escândalo, originado pela promiscuidade dos decisores políticos e económicos portugueses em plena democracia.


O Banco de Portugal e Fundo de Resolução pede a um juiz mais tempo para contestar a providência cautelar lançado, pela Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial do BES (AIEPC).

Na providência cautelar, os clientes burlados exigem que o Banco de Portugal informe o comprador do Novo Banco do montante de papel comercial devido aos cerca de 2.500 subscritores, que ronda os 530 milhões de euros, ou seja, que inclua esse montante como “uma imparidade” nas contas da instituição financeira.

Os advogados do Banco de Portugal, do Fundo de Resolução, do BES e o do Novo Banco, consideram que, “atendendo à elevada dimensão e complexidade fáctica e jurídica da matéria em discussão nos presentes autos, nos termos em que estes foram conformados pelos requerentes, o prazo de 10 dias revela-se, notoriamente, insuficiente”.

Caricato, precisarem de mais tempo para defender o indefensável.

O mais chocante é que o Banco de Portugal está a pagar milhões de euros – sim, milhões – às sociedades de advogados, para ajudar a não pagar aos clientes burlados. Ou seja: Não se paga aos clientes burlados porque não há dinheiro. O mesmo dinheiro que paradoxalmente é utilizado para pagar aos advogados que defendem os negligentes.

Perguntamos: se isto é assim à vista de todos, o que não irá nos bastidores?

 

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Publicado em Opinião