A Nation of Pussys?

    Hoje vota-se na República Federal dos Estados Unidos da América para escolher o seu Presidente e a escolha é feita entre quatro candidatos. Além dos muito mediáticos candidatos do Partido Democrata e Republicano, Hillary Clinton e Donald Trump temos ainda Jill Stein dos Verdes e Gary Johnston do Partido Libertário. Caída na armadilha […]

  • 13:50 | Terça-feira, 08 de Novembro de 2016
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Hoje vota-se na República Federal dos Estados Unidos da América para escolher o seu Presidente e a escolha é feita entre quatro candidatos.


Além dos muito mediáticos candidatos do Partido Democrata e Republicano, Hillary Clinton e Donald Trump temos ainda Jill Stein dos Verdes e Gary Johnston do Partido Libertário.

Caída na armadilha do bipartidismo, na América a escolha será afunilada entr e “dois males”, um maior e outro menor, dizem os comentadores mais informados, quase todos torcendo para que Trump não transforme a Casa Branca em mais uma das suas torres espelhadas e que tenha a tentação de agarrar-nos a todos “by the pussy” para que, como Freud nos explicou, ninguém ponha em causa os seus “big balls”.

Nada me entusiasma nesta eleição. Desde que os democratas preferiram Clinton a Sanders, que todo o sentimento se esvaiu. Trump é um fenómeno da orwelização da sociedade ocidental para o qual contribuiu. A relevância que já ganhou, potenciará esse voyeurismo ou levará, pela náusea, exactamente ao contrário.

O que noto, talvez erradamente, que foi a via bipartidária, refém de interesses económicos e capaz de mediaticamente impingir o que quer que seja (Kaney West já manifestou que será candidato à Presidência em eleições futuras), o que em Portugal nos habituamos a ouvir mascarado de “voto útil” manifestada numa alternância sazonal e assegurada entre dois grupos, que nos levou até aqui. Foi ela que nos forneceu a escolha entre um aparentemente louco, misógino, mitómano, xenófobo, também com uma curiosa particularidade pilosa (não no bigode) e uma refém de interesses económicos pouco interessados nas pessoas e na estabilidade do mundo em que vivemos. Nos por cá, à nossa dimensão, já tivemos de fazer escolhas do género.

 

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Publicado em Opinião