Tal baralho… tal nagalho

    Temos as eleições legislativas a 4 de Outubro. Dado esse passo que não está tão distante como isso, a menos de dois meses, há que pensar nas presidenciais, em Janeiro de 2016. O actual presidente da República, ex-primeiro ministro laranja, tornou-se aos olhos de imensos portugueses, não um exemplo como o general Ramalho […]

  • 15:26 | Terça-feira, 18 de Agosto de 2015
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Temos as eleições legislativas a 4 de Outubro. Dado esse passo que não está tão distante como isso, a menos de dois meses, há que pensar nas presidenciais, em Janeiro de 2016.
O actual presidente da República, ex-primeiro ministro laranja, tornou-se aos olhos de imensos portugueses, não um exemplo como o general Ramalho Eanes, mas o modelo presidencial a evitar. Honra lhe seja feita, impôs-se modelarmente pela negatividade.
Por seu turno, na indefinição clara e “mazarinesca” dos putativos candidatos prontos a atacar das bandas desse quadrante, Santana Lopes, Marcelo Rebelo de Sousa e Rui Rio, prefiguram mais uma mão cheia de políticos que ora mostraram o que não valem como primeiros-ministros a prazo, ora o que valem como treinadores de bancada efectivos, ora o que não estamos certos de valerem como autocratas autarcas da 2ª cidade do país.
Da esfera “rosa” desponta uma senhorita que foi ministra, plurais vezes, parece, sem contudo nos deixar na memória mais que o seu “tolentiano” penteado, a semelhar galeão de velas enfunadas pelo Cabo das Tormentas (ou da Boa Esperança?). Maria de Belém tem um nome premonitório. Mais não se lhe destrinça. O grande cartoonista António, na semana passada, concedeu-lhe, a spray, o merecido destaque.
Fartinhos de políticos que se representam, representam interesses, lóbis, grupos, sectores e bem demarcadas áreas de influências, a candidatura de Sampaio da Nóvoa tem à partida a prima qualidade de não ser partidária…
Este homem culto, inteligente, afável, socialmente empenhado e politicamente descomprometido, no exercício do dever da sua cidadania plena, pode e deve ser, neste contexto sincrónico, o candidato da diferença.
Mais, este reitor honorário da Universidade, oriundo de um extracto profissional académico destacado, homem de pensamento e humildade, tem efectivamente um grande defeito: não é um maratonista partidário daqueles que fizeram sua trajectória de vida nos corredores das intrigas palacianas de S. Bento ou Belém.
E ainda… perante o descrédito merecido da trauliteira classe politiqueira, tem o condão e o aval de uma impoluta imagem, da racionalidade e da não-imposturice costumeira.
Nas antípodas dos actuais governantes e dos aludidos candidatos a governantes, a candidatura de Sampaio da Nóvoa merece o respeito, a atenção e a consideração de todos quantos execram o aparelhismo interesseiro dos oportunistas de circunstância, militantes da perpetuação de quanto nos foi dado apreciar nesta última e tão decadente década.

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Publicado em Editorial