Os debates da "treta"…

Seis notas soltas…   Ponto I. Os “agamelados” proliferem por aí em páginas de jornais, plataformas digitais, rádios e televisões. São “a voz do dono” e, nos tempos difíceis que a concorrência tem gerado, não olham a meios para atingir os fins. E quais são os fins? Manter a gamela cheia da lavagem onde cevam […]

  • 10:31 | Terça-feira, 26 de Setembro de 2017
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Seis notas soltas…
 
Ponto I.
Os “agamelados” proliferem por aí em páginas de jornais, plataformas digitais, rádios e televisões. São “a voz do dono” e, nos tempos difíceis que a concorrência tem gerado, não olham a meios para atingir os fins. E quais são os fins? Manter a gamela cheia da lavagem onde cevam sua fome de décadas e a sua sofreguidão oportunista do momento.
Ponto II.
Não há político que não se rodeie de seus assessores de imprensa – uns que cumprem com rigor, ética e sã consciência profissional a sua função, outros que só têm um objectivo: promover a todo o custo e de qualquer modo o “patrão” para, e assim, por arrasto, se promoverem a si próprios, material e ascensionalmente, na hierarquia do sistema.
A sem-vergonhice, nalguns casos onde os escrúpulos são inversamente proporcionais à ética, atinge foros de desmesurada evidência e inusitado despudor por falta de pejo dos impunes, que saberão gozar da imunidade e vista grossa da opinião pública formatada e das míopes entidades reguladoras sectoriais.
Ponto III.
Hoje, país afora, a 5 dias de eleições autárquicas, há candidatos que se “esfarrapam” todinhos para – na ausência de obra feita – ocultarem a sua inépcia e incompetência com muita “comunicação”.
Aliás, se bem nos recordamos, um desses candidatos proferia altissonante a uma dessas revistas pagas a metro quadrado de “informação” isenta: “Quem não comunica não existe”.
Sinais dos tempos, nos quais, mais do que a seriedade inquestionável da obra feita, predomina o “linguarejar” do a-fazer, retórica cosmética centrada no tempo do futuro e usada pelo rebotalho da política central e local, para justificar o vazio das suas estratégicas e inconsequentes urdiduras.
Ponto IV.
Anteontem deitámo-nos com o beatífico sorriso frio que nos proporcionou o debate autárquico promovido por uma rádio/jornal regional, onde o pleno da ineficácia nos deixou quase “atordoados”, ao constatar que o moderador, subserviente a “alguns” moderados, exerceu o seu papel com uma mediocridade bajuladora, dando ênfase a um dos candidatos em detrimento dos demais, até e logo pelo reverente tratamento exclusivo do pacóvio e provinciano “senhor doutor para aqui, senhor doutor para ali”, com os cortes abruptos às tentativas de intervenção/resposta dos outros, etc.
As duas horas e dez do chamado “debate” nada acrescentaram à informação para os eleitores, antes lhe passaram uma ideia daquilo que deveria ser um serviço eficaz de esclarecimento público e que foi redondamente falhado. Por impreparação também de alguns dos arrojados candidatos, diga-se em boa verdade.
Dantes, a espinhela caída curava-se na bruxa das Cadimas. Actualmente, curar-se-á no Largo do Rossio?
Ponto V.
Hoje, acordámos com o sururu do debate proporcionado pela TV regional Porto Canal, onde, ao fim, uma Márcia-qualquer-coisa, foi ouvir “a sociedade civil” chamada a participar, apanhando a jeito e naturalmente por mera coincidência, numa pastelaria local, três figuras ímpares  do “burgo”:
O director da Escola Profissional Mariana Seixas, membro da comissão de honra da candidatura de Almeida Henriques, que provavelmente foi louvaminhar o frete da deslocalização da instituição para a zona histórica/Montepio; o Marques da SRU, que é candidato a vereador nas listas do PSD e Jorge Silva, suplente das mesmas listas.
Que belo “bouquet“…
Naturalmente que as forças do Fatum convergiram para aquele local. Terá sido também o destino que levou a “jornalista” Márcia-qualquer-coisa a selecionar, de entre os presentes aqueles três indivíduos.
A vida é assim. Feita de acasos, de encontros, desencontros e atracções fatais .
Ponto VI.
Almeida Henriques, quando está no frente-a-frente, recua para diante quando não tem respostas, fala em “honestidade” vezes a mais, acode-se do ministério público para “inquietar” os “insinuadores” da falta de transparência do executivo e vai referindo, reiteradamente, que tudo aquilo que fez e não se vê, se insere num projecto a 10 anos (?) – dois mandatos e meio – e que está tudo no Tribunal de Contas – que tem as costas largas e é um “mauzão” quando lhe chumba os projectos – dele se aguardando os vistos para o mirífico Eldorado, que um dia há-de chegar…
Almeida Henriques e a sua eminência parda, um qualquer-coisa-Sobrado, o génio de Aladino que veio revolucionar Viseu e disso tem tido a adequada paga, não precisava de recorrer a tais expedientes tão absolutamente “bacocos”.
O acriticismo de uma grande franja do eleitorado, eventualmente muito do que nele vota, não carece de estratagemas de comunicação avant-gardiste como estes empregados.Está no “papo”!
Além de ser uma “chico-espertice” desnecessária, vem mostrar a quem pensa que, e de facto, é um candidato mau de mais, a quem, na bandeja da sorte e da bem-aventurança, de há 30 anos a esta data, tudo tem caído ao estalar de castanholas. Há quem nasça com o traseiro virado para Meca…
A bem da tão apregoada “transparência“, era excelente que tornasse públicas, por exemplo, as facturas gastas com a “comunicação social”, regional e nacional e com a propaganda revisteira e de outdoors a “promover a cidade” e, colateralmente, a sua candidatura.
Quanto gasta e, já agora, explicar também porque se terá ele recusado a responder a essa questão, quando foi sobre ela interpelado na Assembleia Municipal, pelo deputado Ribeiro de Carvalho?
Quanto ao resto, o leitor atente no vídeo que recebemos, enviado por uma candidatura local, que, se dúvidas houvesse, as dilucidaria com clareza…
 

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