Os cartazes culturais do "nosso Almeida"

Ninguém ignora, em qualquer dos 5 continentes, que 2017 é o ano oficial de Visitar Viseu. Que vamos ter 190.000 visitas, e quem o diz sabe da coisa. O que é muito bom para a hotelaria, restauração e comércio em geral, pensamos… Se até já o Hotel Avenida se prepara, dizem, com uma remodelação de […]

  • 14:10 | Domingo, 19 de Fevereiro de 2017
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Ninguém ignora, em qualquer dos 5 continentes, que 2017 é o ano oficial de Visitar Viseu. Que vamos ter 190.000 visitas, e quem o diz sabe da coisa. O que é muito bom para a hotelaria, restauração e comércio em geral, pensamos… Se até já o Hotel Avenida se prepara, dizem, com uma remodelação de mais de um milhão de euros para as acolher. Uma cidade em efervescência permanente…
Porém, numa rotunda, deparámos com um cartaz que nos deixou perplexos. Nele se pode ver um cavalheiro, em primeiro plano (o que pelas regras da fotografia e da comunicação nos diz que é o “sujeito” a destacar), com um ar prazenteiro, de luvas brancas como um mordomo escocês, a afagar a estatueta de um efebo, talvez de um anjo. O senhor usa um belo casaco Lacoste azul e, pela jovialidade, depreende-se que está a passar uma mensagem estimulante e atractiva. Qual? Quem é o protagonista da bizarra “narrativa”?
O compadre Zacarias logo e pronto nos esclareceu: “Epá, não vês que é o ex-director do Museu Grão Vasco? Aquele acérrimo socialista opositor ao Francisco Lopes, da Câmara de Lamego? És um ignorante!”
E assim, sem margem para discordar ou replicar, ficámos a perceber que apesar do museu em causa já ter directora em regime de substituição, a nossa conterrânea Paula Cardoso, que não obstante o ex-director que esteve em comissão de serviço entretanto findada, nada ter de momento a ver com o MGV, foi o rosto escolhido por Almeida Henriques para a sua campanha publicitária.
Podia ter escolhido o ex-libris da casa, S. Pedro, de Grão Vasco ou Vasco Fernandes, mas, provavelmente, não se lembrou. Ou até o Sobrado, mas não lhe terá ocorrido…
Ou então, quis prestar um tributo final a quem tão bem serviu a política cultural local, sob a batuta requintada e afinada da vereadora Odete Paiva.
 
 

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Publicado em Editorial