O presidente da República não é Jesus…

    … claro que não. Mesmo se este Jesus, for o presidente da Câmara de Tondela. O primeiro, Marcelo Rebelo de Sousa, no seu estilo de abertura ao povo, omnipresente e muito calorosamente interventivo, não agradará a todos. Deus também não. Paulatinamente, o presidente da República, durante o fim de semana, pegou no seu […]

  • 12:11 | Segunda-feira, 06 de Agosto de 2018
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… claro que não. Mesmo se este Jesus, for o presidente da Câmara de Tondela.

O primeiro, Marcelo Rebelo de Sousa, no seu estilo de abertura ao povo, omnipresente e muito calorosamente interventivo, não agradará a todos.
Deus também não.
Paulatinamente, o presidente da República, durante o fim de semana, pegou no seu carro pessoal e foi fazer uma visita quase surpresa a algumas localidades mais afectadas pelos fogos de 2017. Tondela inclusive. Chegou – cremos que sem aparato de segurança – e andou por ali descontraído. Foi a praias fluviais, conversou com quem encontrou, tirou as proverbiais selfies, etc.
Goste-se ou não do estilo, é outra conversa. Ninguém ignora que o cessante líder do PSD e seus mais dilectos “companheiros” entraram com ele em ruptura quase total, na expectativa frustrada de MRS não apoiar o sistema de governação por aqueles apodado de “geringonça”.
António Jesus foi durante anos o número 2 de Carlos Marta. Não foi pois por falta de competência do “mestre” que não aprendeu o essencial. Mas tornou-se um autarca distraído – “virtude” que às vezes vem com o exercício concreto do poder, quando se sai da sombra para a ribalta. Só assim se explica parcialmente uma nota colocada no site oficial do Município de Tondela, onde Jesus (o António) explica a sua ausência, ao menos, para dar as boas vindas do Concelho que legitimamente representa ao presidente da República:


“..o presidente da Câmara Municipal de Tondela, José António Jesus, respeitou a privacidade e recato do Presidente da República…”

É claro que o “respeitinho” é muito bonito e fica bem a todos, até ao edil tondelense… quanto à desculpa, esfarrapada, é mera “langage de bois” na sua mais pirosa formulação.
Mas é mais, este “linguarejar politiquês” é uma vã tentativa de branquear falhanços, fazendo dos munícipes aquilo que eles não são: “parvos”.
Afinal e apesar do “bom mestre”, o aluno parece não mostrar suficiente aproveitamento…

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Publicado em Editorial