O idiota e inconveniente Dijsselbloem, um tartufo gaffeur

    Aquele tipo que mentiu sobre as habilitações académicas, sobre um mestrado que nunca fez – em Portugal temos vários discípulos, agora é moda e dá menos trabalho do que queimar pestana — , que tem um nome esquisito, ainda é ministro das finanças holandês e presidente do eurogrupo, acerca dos países do sul da […]

  • 12:44 | Quarta-feira, 22 de Março de 2017
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Aquele tipo que mentiu sobre as habilitações académicas, sobre um mestrado que nunca fez – em Portugal temos vários discípulos, agora é moda e dá menos trabalho do que queimar pestana — , que tem um nome esquisito, ainda é ministro das finanças holandês e presidente do eurogrupo, acerca dos países do sul da Europa, Portugal incluído, afirmou numa entrevista ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung:

“Não se pode gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e, depois, pedir ajuda.”

Naturalmente que, parafraseando a sapiente “vox populi“, “ovelha ruiva como é assim cuida” e citando Anaïs Nin: “Cada um vê o que tem dentro da própria cabeça”. E pelos vistos, dentro da cabeça deste tartufo pouco haverá senão xenofobia, sexismo, chauvinismo e irresponsabilidade.
Este tipo é o verdadeiro paradigma do exemplar misógino lambe-cus feito de serapilheiras-bilderberg, a chefiar uma Europa à beira da moribunda agonia. Um indivíduo que viu o seu partido nas últimas e recentes eleições, passar de 38 para 9 deputados – não é difícil perceber porquê – um derrotado que, e ainda assim, devendo perder o cargo de ministro das finanças do seu país e sendo o eurogrupo composto pelos ministros das finanças dos países que integram a CE, já avisou que pretende manter-se no cargo. Uma lapa gordurosa…
Estes fulanos vivem da política, ajeitam-se aos patrões que mandam, são aios dos mercados, tapetes dos schäubles e quejandos e creem-se portadores de passaporte de imunidade para proferir todas as alarvidades e cometer todas as atrocidades que lhe ocorrem ou lhes mandam “ocorrer”, porque nestas “gaffes” quase nada é inocente.
Desta feita, talvez o tiro lhe tenha saído pela culatra, pois são vários os países a pedir a sua demissão, Portugal, Espanha e Itália incluídos.
Augusto dos Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal foi claro na sua declaração à Lusa:
Pelos vistos, o presidente do eurogrupo continua passados estes anos todos sem compreender o que verdadeiramente se passou. O que se passou com países como Portugal, Espanha ou Irlanda não foi termos gasto dinheiro a mais. O que aconteceu foi que nós, como outros países vulneráveis, sofremos os efeitos negativos da maior crise mundial desde os tempos da grande depressão e as consequências da Europa e a sua união económica e monetária não estar suficientemente habilitada com os instrumentos que nos permitissem responder a todos aos choques que enfrentamos“.
A deputada do BE, Isabel Pires afirmou: “Consideramos as declarações absolutamente xenófobas, racistas, sexistas, preconceituosas, ainda para mais depois de anos de austeridade que Portugal e outros países do Sul sofreram, medidas impulsionadas em parte por este presidente do eurogrupo.”
Esteban González Pons, líder dos eurodeputados espanhóis disse que Dijsselbloem “ofendeu os países do Sul e as suas mulheres com uma declaração racista e machista” e “deve pedir desculpa e deixar o seu cargo, pois já não é neutro”.
Gianni Pittella, líder dos socialistas no Parlamento Europeu, deixou a questão: “uma pessoa que usa estes argumentos pode ser considerada adequada para presidir ao eurogrupo?”.
Interpelado no Parlamento Europeu pelo eurodeputado espanhol Ernest Urtasun, Dijsselbloem, na arrogante prepotência dos néscios bem cobertos, recusou pedir desculpa.
Carlos Zorrinho, em declarações ao Público considerou as palavras dele “inaceitáveis, arrogantes, preconceituosas e impróprias à luz dos valores europeus, Dijsselbloem deve ponderar se não deve sair já, pelo próprio pé, da liderança do eurogrupo”.
Vamos a ver o que esta salsada vai dar. Certo é que se o tartufo ficar impune, amanhã dirá e fará pior, muito pior…


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Publicado em Editorial