O CDS-PP de Viseu não joga fora de casa

    Que chatice, Maomé não vai à montanha… Tal poderíamos pensar de um comunicado da candidatura do CDS-PP à autarquia viseense, Viseu Agora, onde se lê que a direcção de campanha havia deliberado que “não participaria em nenhum debate que fosse realizado fora do Concelho de Viseu.” E muito bem. É um direito que […]

  • 9:55 | Quinta-feira, 28 de Setembro de 2017
  • Ler em 2 minutos

 
 
Que chatice, Maomé não vai à montanha… Tal poderíamos pensar de um comunicado da candidatura do CDS-PP à autarquia viseense, Viseu Agora, onde se lê que a direcção de campanha havia deliberado que “não participaria em nenhum debate que fosse realizado fora do Concelho de Viseu.”
E muito bem. É um direito que lhe assiste e nos faz lembrar a história daquele homenzinho de Fráguas, dado à pinguita, muito franzininho de corpo, casado com uma mulher tão gorda e forte que mal se movimentava. Chegado tarde a casa da taberna e com três canadões de briol a mais, tinha a “estremada” à sua espera de varapau na mão. Correu para o quarto e enfiou-se debaixo da cama. A custo, sua cônjuge seguiu-o e, arfante, sentou-se no colchão que arqueou e, batendo com o pau no chão, berrou: “Sai debaixo da cama, Manel!” Ao que ele retorquiu: “Não, daqui não saio, nem ninguém me tira.” E três vezes repetiu: “Sai debaixo da cama, Manel!” Ao que ele retorquiu: “Não, daqui não saio, nem ninguém me tira.” À quarta vez, porventura já enfastiado, o Manel acrescentou irado: “Não saio, não saio, não saio, pois de vez em quando um homem tem que ter a sua genica!”
O CDS-PP também tem a sua genica. E arrogância, entendendo que um estúdio e uma equipa jornalística deve vir, provavelmente ali à sua sede, para fazer um directo com a sua candidata.  E assim argumentam:
Tentámos, inclusivamente, com alguns meios de comunicação, antecipar as datas dos debates para um período anterior ao dia 19 de Setembro e/ou levá-los a que se deslocassem do Porto para Viseu para fazerem o seu trabalho no nosso concelho, mas não tivemos sucesso.
A firmeza desta nossa postura, infelizmente, não foi acompanhada por nenhuma outra candidatura, o que muito nos causou estranheza.”
Pois é, a falta de solidariedade é muito feia e, a flacidez subjacente, em nada sendo consentânea com a “firmeza” da postura, deixou a malta “perplexa”. E logo nesta altura…
Porém, mais abaixo, na página do Facebook do Viseu Agora, esclarece-se enfim o mistério da ausência da candidata nos debates:
“Debate autárquico – Viseu.
Hoje, por coincidência ou não, na hora da novela…
Se não fosse trágico para o futuro até dava para rir. Assim contentemo-nos em sorrir…”
E claro, se o outro fabiano, também viseense, proibiu os jogos de futebol no dia das eleições, deveria ter tido a cortesia de mandar perguntar à candidata a que horas acabava a novela, que provavelmente seguirá e não quer perder, e de seguida tê-lo comunicado aos órgãos de comunicação social pouco atentos, para fazerem a sua deslocação/mudança espácio-temporal em conformidade.
“Se não fosse trágico para o futuro até dava para rir. Assim contentemo-nos em sorrir…” E de facto. Ele há cada uma… Evidentemente que e perante um eventual mau resultado, sempre se pode invocar este argumento ou outro que se lhe assemelhe. Este presidente da distrital sabe-a toda!

Gosto do artigo
Publicado por
Publicado em Editorial