O almirante Almeida

  Almeida Henriques tem uma coluna semanal num quotidiano nacional sensacionalista. É claro que o adjectivo “sensacional” lhe agrada e ao seu ego agitado. Nela AH faz umas análises curiosas que permitem ler subrepticiamente alguns dos seus desideratos e angústias. Nesta última, que alma caridosa me enviou em recorte, AH fala muito de navios. Concretamente, […]

  • 11:12 | Quinta-feira, 21 de Maio de 2015
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Almeida Henriques tem uma coluna semanal num quotidiano nacional sensacionalista. É claro que o adjectivo “sensacional” lhe agrada e ao seu ego agitado. Nela AH faz umas análises curiosas que permitem ler subrepticiamente alguns dos seus desideratos e angústias. Nesta última, que alma caridosa me enviou em recorte, AH fala muito de navios. Concretamente, de “porta-aviões” (bem sabemos do seu anseio de ter boeings em Lustosa, mas no Pavia?!) e o que são esses grandes barcos? Metáfora das grandes empresas do distrito, de quem, curiosamente se fez porta-voz, que levam no seu casco as “empresas gazelas”, neste caso os caças de combate.
Já há dias AH se pôs a jeito ao “intermediar” a unidade oncológica (que o PSD negou ao CHTV) por voz de um grupo privado. Agora, de novo, sem sabermos se do mesmo grupo privado se trata, vem a terreiro com bacharelices d’almirante em pré-reserva.
Estamos a dois anos de autárquicas. Que passam a correr. Até ao presente e escoado o “período de graças” que todos os benévolos lhe concederam, nada de substantivo se viu emergir da sua gestão autárquica. Muito pelo contrário. Já toda a gente percebeu que AH encetou uma política desconexa, sem fio condutor, incoerente, pela rama e, inconsequente. Salvam-se os vinhos que ergueu a marqueses da coutada, impulsionando muito a sua produção/comercialização. De resto… que Deus nos ajude!
AH saberá dentro de menos de um ano se tem “adversário à altura”. Se Ruas vier à carga, com todos os seus defeitos e virtudes, cilindrá-lo-á num ápice. Quer se candidate pelo PSD quer o faça como independente. O PS “não tem candidato”, como é de seu reiterado hábito. Na câmara, aqueles que escorregaram no banco para o seu lado, já remam afanosamente em contra-maré, para e pelo menos a dois terços do mandato, mudarem 180º a agulha de forma discreta e oportuna. Será vassoirada certa…
E a ser assim? Talvez presciente disso (o “presciente” é para o amigo Cota) comece a preparar uma aterragem de emergência nalgum porta-aviões mais perto de si…
Ou então, in dubio pro reo, como não tem de que se gabar em causa própria, deu em encomiar obra alheia. É possível…
Mas lapidar mesmo é a sua última desmemoriada frase:
“As oportunidades de desenvolvimento económico estão no País Real e não no “país administrativo” e da economia especulativa. É bom compreendermos isto.
Claro que compreendemos, AH…

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