Borges, o paraquedista…

    Assim o designam os ora despertos para a realidade que António Borges aparenta personificar, a qual não quiseram ou não souberam ver no momento crucial da sua chegada à cabeça da Federação do PS Viseu. As pugnas geradas em torno da lista de candidatos a deputados é só por si elucidativa. Como também […]

  • 23:40 | Terça-feira, 21 de Julho de 2015
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Assim o designam os ora despertos para a realidade que António Borges aparenta personificar, a qual não quiseram ou não souberam ver no momento crucial da sua chegada à cabeça da Federação do PS Viseu.
As pugnas geradas em torno da lista de candidatos a deputados é só por si elucidativa. Como também o é a lista crescente de contestação e polémica discordância quase total.
Há quem pense que Borges não veio servir o PS. Que veio servir-se e aos seus amigos e, fundamentalmente, proceder a um ajuste de contas com os seus ódios de estimação.
De delgada estatura política e ancho de conflitualidade não conseguiu nestes quase doze meses de chefia das hostes rosa, fazer o que se visse de salutarmente edificante em prol do seu partido.
Rodeado de porfiados interesseiros e de duvidosos conselheiros guindados a candidatos de primeira água, Borges não soube ver que só uma política de proximidade, elevação, consenso e missão seria aceite por correligionários, alguns deles com mais anos de socialismo que ele terá de idade.
Por instantes, com toda a comunicação social local a denunciar a controvérsia das suas atitudes e actos, pensou-se num fatalismo determinista a calar as vozes da dissidência e da contestação. Porém, elas surgiram dinâmicas e os últimos episódios da CPD foram disso suficientemente ilustrativos.
Se Borges, Ginestal, Lúcia e mais alguns provaram não olhar a meios para atingir objectivos políticos, tentaram provar ainda mais… que a sua crença ideológica pode ser cosmética e um mero elevador para atingirem apenas ambíguos desígnios pessoais.
Borges, para se promover e para promover meia dúzia de seus semelhantes, penhora o Partido Socialista no distrito, porque põe em causa um resultado eleitoral e contribui para um mau resultado nacional.
Ou então, porque não conceder-lhe o benefício da dúvida e pensarmos, como plausível, ter sido essa a sua ideia desde o início, cirurgicamente executada desde as suas primícias. Ou seja… “après moi, le déluge”…
E esse dilúvio serve que nem uma luva de pelica aos “seguristas” que, e no fundo, depois de uma derrota de Costa, sairão a terreno, lestos, na praça pública, a pedir a sua empalada cabeça como troféu.
E aí sim, seriam agraciados com coroas de oliveira nas suas cabeças senatoriais e bem-pensantes, sob o Arco de Triunfo.
 

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Publicado em Editorial