Almeida Henriques e a ficção de Júlio Verne

  Mão amiga fez-me chegar às mãos as quatro últimas crónicas do autarca Almeida Henriques, publicadas no CM, das quais deixo os títulos de fino recorte e pródiga imaginação: Encapotar As propostas do Governo são, para já, “um capachinho” de descentralização. Oportunidade O projeto falhado da ‘regionalização’ é um emblema nessa galeria dos falhanços. É […]

  • 16:46 | Terça-feira, 07 de Fevereiro de 2017
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Mão amiga fez-me chegar às mãos as quatro últimas crónicas do autarca Almeida Henriques, publicadas no CM, das quais deixo os títulos de fino recorte e pródiga imaginação:
Encapotar
As propostas do Governo são, para já, “um capachinho” de descentralização.
Oportunidade
O projeto falhado da ‘regionalização’ é um emblema nessa galeria dos falhanços.
É complexo
De que servirá eleger um diretor-geral comandado por lisboa e sem poder?
2017? Muito por fazer
Portugal continua destituído de uma rede ferroviária moderna que o ligue à Europa.
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Todas elas, enfatica e reiteradamente, apresentam uma tónica comum: a regionalização, a descentralização.
Conversa da treta muito embrulhada, a deste “ás do sucesso” nas “falhas e falhanços” do Governo, sobre um “país que anda a passo de caracol” e etc. e tal.
Este político de carreira, de memória curta, esquece o tempo em que foi efémero governante, nada deixando de consubstancial como legado, num governo que nada fez do que ele tanto exige, mais tendo sido hábil em vender Portugal a retalho e a levar os portugueses à beira da miséria.
Se a vergonha colhesse e não fosse um adereço para colocar na lapela do sobretudo, estilo “pin” ou brilhante broche, este desmemoriado hoje autarca da neofantasia, que ainda não encontrou um rumo coerente para o Concelho a cujo destino preside, em vez de se preocupar com a lamúria habitual, com o choradinho já banal, a mal esconder a cupidez desmedida de meter as mãos nos fundos comunitários, em vez de fazer as críticas que nunca ousou aos seus correligionários, em vez de fazer de contas que é um governante nacional – ainda há um Governo legítimo, ou não? – metia a viola no saco e dedicava o seu decerto precioso tempo a encontrar o rumo que não lobrigou, para o concelho de Viseu, nestes quase quatro anos de mandato autárquico…
Há gente que mais depressa vê o infinito do que as biqueiras dos sapatos luzidios. É tudo uma questão de zoom…

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Publicado em Editorial