A “roupa suja” do IPV lavada no Rossio

      …Pois, de facto, quase parecem as antigas lavadeiras da Ribeira. O IPV, naquela intemporal e grandiosa luta pela sua presidência, tem-se posto mais a jeito do que o bom recato determinaria. E mais aconselharia: preocupar-se essencialmente com o bom nome da Instituição, sua credibilidade académica, capacidade de investigação, etc. e… deixar-se das […]

  • 0:05 | Sexta-feira, 21 de Abril de 2017
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…Pois, de facto, quase parecem as antigas lavadeiras da Ribeira.
O IPV, naquela intemporal e grandiosa luta pela sua presidência, tem-se posto mais a jeito do que o bom recato determinaria. E mais aconselharia: preocupar-se essencialmente com o bom nome da Instituição, sua credibilidade académica, capacidade de investigação, etc. e… deixar-se das intrigas palacianas que já são quase de capa e espada, com pré-duelos de morte, ao luar. Emílio Salgari no seu melhor.
Como já aqui escrevi, a missão é tão espinhosa e tal o caminho de calvário para trilhar que todos a querem: Porém, além de quererem, parece não olharem a meios para alcançar os desideratos de a alcançar e ao poder.
José Costa, o vice de Fernando Sebastião ao apresentar os seus nomes para o Conselho Gera,l mostrou a sua dependência político-partidária e não conseguiu sequer elencar nomes consensuais. Com tal afã, cobriu-se ridículo…
Os outros dois candidatos, dizem que um deles é “delfim” do cessante, também andam a ler, apressadamente “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu.
Todavia, o Conselho Geral finalmente eleito mostra que a montanha pariu um rato, pois dos nove nomes sufragados, na nossa óptica, apenas 3 ou 4 mereceriam lá estar, chegando a cúmulos há muito abençoados pela direcção pré-cessante, de elegerem empresários que mantiveram e/ou mantêm relações de “negócios” com o IPV. O que não sendo ilegal é destituído de ética e, conjecturalmente, pode deixar transparecer as desejosas e mais profundas motivações para ocuparem o cargo.
Agora, o “chumbo redondo” ao nome de Almeida Henriques é já motivo de ponderação… e prova de quão mal-visto ele está em certos sectores da sociedade civil. E isto não obstante ser o autarca-mor da cidade. Esta rábula já nem é nova, pois o mesmo aconteceu para a presidência da CIM Viseu Dão Lafões. Lembram-se?
Porém, haver quem tanto e tão intransigentemente defenda o autarca de Lamego, provavelmente por lá existir um polo, não obstante esse autarca o deixar de ser dentro de 5 meses e já ter o emprego garantido no Porto… é ser mais papista que o Papa. Mesmo que o cargo transitasse para o próximo edil a eleger.
Contudo e curiosamente, as vozes mais altissonantes na defesa dos preteridos “laranja”, até vêm da oposição PS na Câmara local. Um study case a aprofundar. Nem queríamos estar na “pele” de José Junqueiro.
Também e em boa verdade pouco ou nada se espera da oposição em causa, sendo apenas de estranhar, que e parecendo Almeida Henriques um “Rei Sol omniplenipotenciado”… sem escolhos nem atritos que lhe tolham a “caminhada”, tão pouco consiga fazer por Viseu, para além da promoção do tinto e das pífias campanhas de vanguardista marketing apresentadas.
Quanto ao IPV, esse frondoso quase “pomar de laranjeiras”… já não gera grandes expectativas a ninguém, começando a ver-se que o caminho futuro, neste proceloso oceano de intrigas e guerrilhas, é mais para o naufrágio que para o bom porto de bonançoso abrigo. E chamavam-lhe âncora…

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