A crónica da terça-feira

  Tomava eu a bica das 08h00 e já, à minha frente, disponíveis estavam o CM e o Diário de Viseu, duas das minhas leituras preferidas, mormente à 3ª feira. O DV fazia manchete com o nosso Almeida, com ar de franciscano no púlpito – que em boa verdade lhe assenta na perfeição –  abençoando […]

  • 10:59 | Terça-feira, 16 de Janeiro de 2018
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Tomava eu a bica das 08h00 e já, à minha frente, disponíveis estavam o CM e o Diário de Viseu, duas das minhas leituras preferidas, mormente à 3ª feira.
O DV fazia manchete com o nosso Almeida, com ar de franciscano no púlpito – que em boa verdade lhe assenta na perfeição –  abençoando os fiéis, mas… em vez da bênção proferia a 126ª ameaça ao Estado, que “pondera processar por causa do IP3”.
Este inglório troar para marcar agenda, num faz de contas de preocupação, na qual já se perdeu toda a fé, mais o desacredita que credita. Ora promete mandar os funcionários camarários de pincel na mão pintar a dita via, ora enche o peito com estas vãs fanfarronices. É um estilo. O estilo de Almeida Henriques…
Por sua vez, a croniqueta do CM titulada “Terras do Demo”, sim, os 3 concelhos de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Vila Nova de Paiva a que Aquilino deu nome, vinha afrancesado com o “À espera de Godot”, de Samuel Beckett, que naturalmente o citador conhece a fundo, não ignorando que a longa conversa entre Vladimir e Estragon é a pura representação do “entediante”. Godot, o que não vem, traria a luz para a vida…
E lá vai começando o lamurioso hino com esta pérola: “Acredite o leitor que não gosto do triste papel do “queixinhas”… (se ele o diz, quem somos nós para o contrariar?) e quando esperávamos uma análise e ponderação da derrota magistral de Pedro Santana Lopes, de cuja candidatura foi o mandatário nacional, logo o segundo responsável pelo seu fracasso, surge-nos a fechar o texto com a costumeira chave de ouro, esta jóia: “Faço votos para que o futuro Presidente do PSD, Rui Rio, combata esta política irracional, hipócrita e cega do centralismo.
Este Almeida é um construtor de pontes. Mal uma acaba de ruir, já está a sondar as margens para os pilares da próxima. Homens destes não têm preço!
 
(foto DR)

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Publicado em Editorial