A AIRV de Cota-Marta-Cota

    Dezembro é a data para eleições dos corpos sociais da AIRV, Associação Empresarial da Região de Viseu. O ainda presidente da direcção, o ex-presidente da Câmara de Tondela e actual presidente do conselho de administração da Fundação do Desporto, Carlos Marta, foi para a AIRV em substituição de João Cota, por este estatutariamente […]

  • 13:05 | Quinta-feira, 30 de Novembro de 2017
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Dezembro é a data para eleições dos corpos sociais da AIRV, Associação Empresarial da Região de Viseu.
O ainda presidente da direcção, o ex-presidente da Câmara de Tondela e actual presidente do conselho de administração da Fundação do Desporto, Carlos Marta, foi para a AIRV em substituição de João Cota, por este estatutariamente (e apesar das alterações estatutárias…) ter atingido o limite de mandatos, tendo, em alternativa ou alternância, sido empossado como presidente da Assembleia Geral desta instituição, ao mesmo tempo que tomava posse como presidente do CERV, Conselho Empresarial da Região de Viseu.
Percebeu? Não sendo fácil, não é difícil perceber esta estratégia digna de um matche Karpov/Kasparov.
O CERV, por seu turno, teria como função primordial ser uma entidade gestora de fundos comunitários, desiderato que não viria a cumprir-se, esvaziando-o assim do seu objectivo essencial.
Agora, findo o mandato de Carlos Marta, João Cota pode de novo candidatar-se ao lugar antes deixado, para e porfiadamente, dar sequência ao seu dedicado missionarismo e à profícua acção em prol da defesa dos empresários da região.
E muito terá que fazer, pois ao que se consta, a AIRV terá alguns constrangimentos financeiros, falando-se até de um montante mensal negativo de 12 mil euros. Facto no qual é impossível acreditarmos, pois como gestora de inúmeros programas comunitários e pela imensa mais-valia que representa, decerto terá acedido a um programa específico para a sua activa manutenção, assim como, tendo mais de 700 empresários associados, estes, no reconhecimento do mérito da associação e do retorno dela havido, nunca deixariam de pagar a sua quotização mensal.
Nesta dança de cadeiras, um autêntico corridinho minhoto, já não sabemos se Carlos Marta, o omnipotente Senhor de Tondela e quase candidato a Senhor de Viseu, aceitou este mandato para fazer um frete a Cota, criando a dilação temporal exigida pelos Estatutos vigentes, para ele agora se recandidatar, desta feita já não como empresário da Controlvet, onde passou de patrão a gestor-empregado, mas como sócio-gestor de uma outra qualquer empresa das muitas que decerto deterá, como por exemplo a Legenda Transparente, Lda., vulgo Jornal e Rádio Centro e em breve, também TV Centro.
Cota ganhou o gosto pela comunicação social e vai de vento em popa nessa senda, faltando-lhe apenas a direcção da AIRV para juntar à da Viseu Marca, com o seu amigo Jorge Sobrado, que e para breve deixará o lugar para uma reputada e promitente substituta.
Em Viseu, esta dinâmica empresarial, prova inequivocamente o vitalismo destes empresários que, e de mãos dadas com o poder local regente, muito têm feito em prol do seu território, chegando alguns até ao investimento na comunicação social para, dessa forma, melhor e mais ampla, graciosa e generosamente poderem divulgar Viseu e a sua realidade política, histórica, social, institucional, comercial e empresarial por toda a diáspora lusitana.
Juntar-se-lhes-á decerto como sempre e como director executivo da AIRV o próspero empresário da hotelaria e homem forte do Turismo Centro, Jorge Loureiro, peça indispensável nesta tríade vitoriosa.
Almeida Henriques vai decerto propô-los, a todos,  para o Viriato de Ouro, uma vez que o inefável Cavaco já não pode outorgar-lhes a Comenda de Mérito Industrial.
Entretanto e ao que se fala, ainda sobrará um Viriato para o ex-vereador Guilherme Almeida, que muito tarda em ser empossado no lugar de consolação que Almeida Henriques lhe prometeu, de “vereador sombra para as aldeias” e/ou “gestor do meio rural“, nas palavras do autarca.
A todos endereçamos votos do maior sucesso, “prescientes” de que o nosso território se faz com gente desta têmpera e tão pródiga capacidade de iniciativa.
 
Aqui deixamos de apoio uma entrevista dada por João Cota ao JN, em Julho de 2013, “o veterinário que queria ser polícia sinaleiro” e que começa assim:
“Em miúdo, não tinha bem a certeza se, quando fosse grande, queria ser veterinário ou polícia sinaleiro. Fez bem em ter optado pela veterinária, não só porque a massificação dos semáforos tornou obsoleta a profissão de sinaleiro, mas também porque, se tivesse enveredado por uma carreira na polícia, muito provavelmente não chegaria a empresário e a presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV).”
(foto DR)

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Publicado em Editorial