A “aclamação” de João Azevedo e de Elza Pais e a derrota do Borges de Resende

      O novo Secretariado do PS, órgão de cúpula da direcção do partido vem evidenciar alguns aspectos da política de António Costa. O mais relevante é sem dúvida a atenção dada às autárquicas de 2017. Essa perspectiva explica a inclusão de seis presidentes de câmara entre os quinze membros efectivos. A saber: João […]

  • 12:00 | Quinta-feira, 16 de Junho de 2016
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O novo Secretariado do PS, órgão de cúpula da direcção do partido vem evidenciar alguns aspectos da política de António Costa.
O mais relevante é sem dúvida a atenção dada às autárquicas de 2017. Essa perspectiva explica a inclusão de seis presidentes de câmara entre os quinze membros efectivos.
A saber: João Azevedo, Mangualde; Fernando Medina, Lisboa; Eduardo Vítor Rodrigues, Gaia; Isilda Gomes, Portimão; Carla Tavares, Amadora e Maria do Céu Albuquerque, Abrantes.
Ou seja, uma distribuição geográfica, de norte a sul do país. A prioridade de consolidar as autarquias ganhas e de aumentar o seu número, explicará que Costa  e a sua adjunta, Ana Catarina Mendes, dêem destaque a “homens do terreno”, autarcas ganhadores de territórios decisivos.
Compete-lhes fazer um bom trabalho e, quando se levantam vozes a referir a não existência de membros do actual Governo neste orgão, a resposta é clara: eles estão onde devem estar e a fazer o seu titânico trabalho, porém há outras áreas a não descurar…
Vamos aguardar para saber quem será o coordenador nacional das autárquicas para perceber melhor o peso da aposta nesta vertente.
Em segundo, centrando a atenção na política local e na Federação do PS Viseu, a nomeação de João Azevedo e a subida por inerência de Elza Pais, deputada por Coimbra e presidente do DNMS, vem destacar outra incidência: António Borges, a “grande alternativa” que substituiu João Azevedo na liderança de Federação, trouxe consigo e com seus “conselheiros” pouco mais do que uma “política de capela”, desunião, fraccionamento partidário, deslocalização territorial, ineficácia de acção, empenhamento na elevaçãoda sua “família” política e… essencialmente, política de mera “terra queimada”.
Ao afastar Elza Pais, a mangualdense que foi eleita deputada por Coimbra e hoje integra também o Secretariado e ao apresentar-se como ineficaz sucessor de João Azevedo, também agora eleito membro do Secretariado Nacional, Borges é a evidência do “cilindrado” pelas suas estimas e ódios pessoais, pela sua atitude revanchista, pela medíocre gente de que se rodeou como conselheira e pela oportunidade perdida de mostrar o que valia, arrasado por um agir que mais parece o de “xico-esperto” desnorteado, do que o de alguém com muitos anos e quilómetros de estrada pelos desfiladeiros e vales da política local.
António Costa nem saberá que ele existe e se porventura sabe, ignora-o por completo, ciente do seu ziguezagueante percurso trilhado para atingir os seus eventuais objectivos: ser deputado da nação ao ficar desempregado da autarquia de Resende…

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